Entre os melhores jogadores do mundo, Vinícius Jr. tem tido uma relação de amor e ódio com a imprensa. De apelido no Flamengo até críticas por finalização. O camisa 7 já sofreu muitas dúvidas sobre sua carreira. Mas tem sido recentemente bastante elogiado por conta de suas atuações.
O atacante brasileiro superou as dúvidas sobre seu talento e críticas sobre finalização para figurar entre os melhores jogadores no mundo. Esses comentários vieram por parte da imprensa brasileira e europeia, que acompanha sua carreira. Em meio a isso, Vini Jr. mostrou sua força e hoje está entre os melhores do mundo.
“Neguebinha”
No ano de 2017, foi uma das primeiras vezes em que Vini Jr. foi criticado pela imprensa quando estava em seu primeiro ano como profissional. Durante o programa “Redação Sportv”, o camisa 7 foi apelidado pelos participantes da bancada como “Neguebinha” e ainda foi comparado com Erick Flores, jogador considerado promissor e que nunca deslanchou no profissional.
“O Neguebinha 2017 deu um balão lá que não surtiu efeito nenhum no sábado, no jogo do Flamengo. O Erick Flores… o Vinícius Jr lá (risos). O cara deu um balão pra trás que já virou manchete”, disse o comediante Lopes Maravilha.
Os comentaristas do programa ainda questionavam o valor da transferência do jogador. Em maio de 2017, Real Madrid e Flamengo acordaram uma transferência de 45 milhões de euros (cerca de R$ 157 milhões, na cotação da época). Segundo eles, o jogador não valia o preço que o clube espanhol pagou.
Desde então, sete anos se passaram, e Vinícius Júnior correspondeu todas as expectativas sobre seu talento. Pode ser eleito o melhor jogador do mundo e conquistou diversos títulos em sua carreira até agora.
Críticas no Real Madrid
Durante seus primeiros anos no Real Madrid, Vini Jr. foi muito criticado por conta de pecar no momento das finalizações. Isso foi enaltecido pelo jornal “Marca” após os Merengues terem empatado sem gols com o Athletic Bilbao em 2019.
Na ocasião, o periódico escreveu que o atacante seguia “falhando o infalível”. Em outras palavras, errando o que não dá para errar.
No entanto, o brasileiro melhorou muito nesse quesito com a chegada do técnico italiano Carlo Ancelotti. Em 161 jogos sob o comando do italiano, o camisa 7 anotou 77 gols em todas as competições em que atuou. Número bem maior comparado aos 11 tentos que anotou nas 90 partidas em que foi comandado por Zinedine Zidane.
Luta contra o racismo e críticas da imprensa espanhola
Durante o último ano, Vinícius tem travado uma luta contra o racismo dentro do futebol espanhol. O atacante já foi alvo de várias ofensas e ataques racistas de torcidas adversárias e tem sido a principal voz na luta contra o racismo no país.
No ano passado, na derrota para o Valência, o atacante foi alvo de ataques racistas vindos da torcida adversária, o que fez com que a partida tivesse que ser paralisada. Depois disso, o jornal “Super Deporte” publicou uma capa no dia seguinte com o título “Pinóquio” e uma montagem de um nariz como alusão ao personagem, que seu nariz crescia após mentir.
Após isso, o brasileiro foi alvo de diversos ataques racistas por parte de outras torcidas dentro do futebol espanhol. Depois de um tempo, a La Liga passou a apoiar o jogador e prometeu ter “tolerância zero”. Isso fez com que os agressores fossem punidos.
Recentemente, após o último El Clássico, o camisa 7 condenou os insultos racistas dirigidos a três jogadores do Barcelona no Santiago Bernabéu. O atacante disse que isso foi “Lamentável” e prestou apoio à Raphinha, Lamine Yamal e Ansu Fati.
Baixo desempenho na seleção brasileira
Quando está fora do Real Madrid, um tema que tem sido pertinente tem sido suas más atuações defendendo a seleção brasileira nos últimos jogos das Eliminatórias e da Copa América. Isso rendeu críticas, uma delas foi a do jornalista Tiago Leifert, que criticou o comportamento do jogador após a goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai na Copa América.
“Esse não é mesmo o Vini do Real Madrid, esse é o Vini recém-saído do Flamengo. É um Vini que jogava para ele, que dribla para trás, quer dar carretilha o tempo inteiro”, disse Tiago Leifert.
“Se o Vini faz isso no Real Madrid, o Florentino Pérez e o Ancelotti comem o fígado nele no intervalo, se ele faz isso em um jogo do Real Madrid. Isso não é o Vini do Real Madrid, ele não é louco de fazer isso no Real Madrid”, completou.
O jornalista ainda criticou o jogador, afirmando que ele estava mais preocupado em “driblar” do que em dar uma assistência.
“O Vini não jogou pela Seleção Brasileira. O Vini estava muito mais preocupado em acertar um drible do que dar uma assistência, por várias vezes ele teve oportunidade lá na esquerda, em vez de ele botar a bola dentro da área, ou cruzar rasteiro, ou tocar para trás, ele voltou e tentou driblar de novo o cara do Paraguai”, completou.
Apesar de não ter tido muitas atuações convincentes com a camisa da Seleção Brasileira, Vini Jr. já mostrou que pode ser muito importante para a Amarelinha nos próximos anos. Na Copa de 2022, foi titular em quase todos os jogos da competição e participou de três dos oito gols brasileiros no torneio. Fora isso, marcou dois gols e teve uma atuação espetacular na goleada sobre o Paraguai por 4 a 1, na última Copa América.
Uma coisa é certa, Vinícius Júnior merece vencer o prêmio Bola de Ouro. Sempre que duvidavam de sua capacidade ou criticavam suas atuações, o camisa 7 mostrou seu talento e do que é capaz. Nos últimos três anos, tem sido um dos jogadores mais decisivos do Real Madrid, tendo marcado gols nas únicas duas finais de Champions League que disputou e ajudou a equipe a conquistar a competição continental. Nunca duvidem do talento de Vini Jr.!