A Comissão de Arbitragem da CBF divulgou, no último domingo (27), o áudio do árbitro assistente de vídeo (VAR) na revisão dos lances do empate entre Palmeiras e Fortaleza em 2 a 2, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Entre as decisões da arbitragem, a mídia revela detalhes do pênalti marcado para a equipe paulista quando a bola toca em Yago Pikachu e o árbitro Ramon Abatti Abel é chamado para rever o lance.
O áudio expõe que, após o árbitro de campo avaliar a jogada como normal, pelo atleta estar com a mão colada ao corpo, recebeu recomendações para revisar a jogada pois foi identificado que Pikachu “amplia o espaço corporal”. De acordo com a análise do VAR, sob comando de Pablo Ramon, a ação do atacante do Fortaleza desvia a passagem da bola, que entraria no gol.
– Ele faz inclusive o movimento. Essa bola, se não toca no braço, ia passar. Não é braço para proteger o rosto – apontou um dos membros da arbitragem de vídeo.
Na cabine do VAR, após revisar o lance com diferentes ângulos e zoom na imagem, o árbitro Ramon Abatti Abel confirma a penalidade e afirma que Pikachu faz movimento para bloquear a passagem da bola.
– O braço está aberto em uma situação de bloqueio. Pênalti. O jogador está com a mão em ação de bloqueio. Ele faz uma segunda ação (com a mão) e depois recolhe – afirmou o árbitro de campo.
Com a marcação do pênalti, o Palmeiras converteu a cobrança com Estêvão e ampliou o placar para 2 a 1. Pouco tempo depois, o Fortaleza empatou a partida com Moisés, que marcou um gol com bola rolando, e fechou o marcador.
Além do lance de Pikachu, anteriormente, a arbitragem registrou um pênalti a favor da equipe paulista em contato de Titi nas costas de Flaco López, que foi derrubado dentro da área. Na cobrança do penal, Raphael Veiga marcou o gol para o Alviverde. Jogadores, torcedores e membros da diretoria do Fortaleza se manifestaram contestando a decisão do árbitro de campo.
A atuação polêmica da arbitragem no duelo entre Palmeiras e Fortaleza levou o afastamento dos árbitros Ramon Abatti Abel, juiz de campo, e Pablo Ramon, que comandava o VAR. Além deles, outros cinco árbitros foram afastados pela Comissão de Arbitragem da CBF por decisões em outros jogos da 31ª rodada da Série A.
+ Erros de arbitragem resultam em afastamento de sete árbitros pela CBF