O Fluminense e o Cuiabá se enfrentaram na noite desta quinta-feira (05), em confronto decisivo para o time carioca na luta pela permanência na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. O Tricolor, apesar de início de jogo conturbado após pênalti perdido por John Arias, conseguiu garantir a vitória pelo placar de 1 a 0 com gol de Kevin Serna, mesmo com o triunfo, a permanência ainda não está garantida. Na entrevista coletiva, o técnico Mano Menezes destacou a pressão dos jogadores na briga contra o rebaixamento.
— A pressão é inerente da situação, faz parte, ela é a maior de todas, né? Eu diria que ela é maior até do que você jogar para ser campeão. Pois jogar para ser campeão é o ápice, jogar pelo contrário é a derrota maior. Mas a gente vai fazer aquilo que tem que ser feito nessa hora, fazer as escolhas melhores, são eles os jogadores que vão estar em campo, é eles que eu tenho que confiar para poder fazer o melhor que nós estamos fazendo no domingo. — disse o treinador.
O comandante do Tricolor ainda falou sobre a última partida contra o Palmeiras e sobre o retrospecto negativo do Fluminense jogando no Allianz Parque.
— Eu não acredito muito em estatística, eu acho que a estatística reflete o momento que aconteceu. Eu acredito muito naquilo que a gente faz dentro do campo para merecer alguma coisa diferente do que já foi. É isso que nós vamos preparar para fazer, acho que temos condições de chegar lá e fazer um grande jogo como estamos fazendo. Mesmo nos jogos que não vencemos em casa, foram também jogos parelhos contra os times que estão na ponta da tabela. Já jogamos contra vários times que estão na ponta da tabela e fizemos resultado. Então, vamos preparar para fazer a nossa parte bem feita e depois a gente soma os pontos.
MAIS RESPOSTAS DA COLETIVA
Sobre o Fluminense voltar a vencer depois de seis jogos
— Sobre o jogo, porque a gente esperava um jogo dramático, mas ao mesmo tempo esperava um bom jogo da nossa parte, acho que fizemos um bom jogo, tomamos a iniciativa do jogo desde o início, construímos, criamos oportunidades, continuamos um pouco da dificuldade de empurrar a bola para dentro, perdemos mais uma penalidade máxima que poderia naquela hora abrir o placar mais cedo e dar mais tranquilidade para você jogar numa condição melhor sem o adversário ficar atrás, que era o direito deles, mas mesmo assim a equipe voltou bem no segundo tempo pressionando até a marcação do gol, depois tivemos mais umas oportunidades, um chute muito bonito aqui no travessão, um jogo de qualidade poderia até ter resultado num placar mais elástico.
Pressão e vaias dos torcedores
— O torcedor veio num número bastante grande, lotou quase o Maracanã e nos ajudou bastante. Se eles estiveram ansiosos em algum momento, a gente aqui teve parte nessa ansiedade, mas ele ajudou a equipe o tempo inteiro. Eu sempre defendo o direito do torcedor. Se ele fizer sempre isso, ajudar durante o jogo 90 minutos, ele está do lado da equipe. Depois ele tem o direito de se comportar como ele quiser. É óbvio que esse é o conjunto da obra. Ele estava se referindo ao final do jogo, ao conjunto da obra, que é o Campeonato Brasileiro na íntegra. Mas a gente entende e vai estar forte independentemente de como o jogo terminou, de como as coisas aconteceram ou não.
Sobre os pênaltis perdidos
— A questão de cobrança de penalidade máxima é treinamento, o Arias treinou ontem, na véspera do jogo. E até falamos sobre o Walter, que é um goleiro que trabalhou comigo e eu sei que é um bom pegador de pênaltis e ele tentou bater de uma maneira mas não conseguiu porque lá na hora às vezes você tenta de uma maneira escapa um pouquinho, falta um pouquinho de controle e acaba erando. Vamos continuar treinando e aqueles que estiverem melhores vão ser escolhidos para bater, sempre pensando em dar tranquilidade para todo mundo, não sobrecarregar desnecessariamente alguma coisa mas também nos prometendo um momento importante que a equipe precisa.