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Análise: Botafogo sofre eliminação precoce, é vitima do calendário e encerra ano histórico

Botafogo x Pachuca. (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

As escolhas do técnico português não foram boas

Foto: Vitor Silva/Botafogo

A derrota por 3 a 0 para o Pachuca, do México, na última quarta-feira (11), no Dérbi das Américas, pelas quartas de final da Copa Intercontinental, fez com que a temporada do Botafogo chegasse ao fim antes do esperado. O sucesso das últimas semanas resultou em erros de estratégia e na condução da partida por conta dos desgastes físicos e mentais que aconteceram por conta do calendário. Ao todo, o Alvinegro fez 75 jogos neste ano

O Alvinegro atuou no último domingo contra o São Paulo, no Nilton Santos, menos de 72 horas antes de jogar contra o campeão da Concachampions, no Estádio 974 em Doha, no Catar. E, meio a isso, ainda teve que fazer uma viagem de mais de 15 horas e teve apenas um dia para se recuperar para a partida.

Por conta disso, Artur Jorge optou por mandar a campo uma equipe alternativa para preservar jogadores importantes que estavam em seu limite físico. No entanto, os substitutos não conseguiram manter o mesmo ritmo e não tiveram boas atuações.

Na primeira etapa, as duas equipes fizeram um duelo disputado. O Pachuca começou tendo mais volume de jogo no ataque e levou mais perigo à meta de John. Por outro lado, o Botafogo foi pouco criativo e cresceu no final, mas não conseguiu levar muito perigo.

Na volta para a segunda etapa, a equipe mexicana abriu o placar em um belo gol de Idrissi. Após sofrer o segundo gol, Artur Jorge mexeu em sua equipe e colocou a maioria dos titulares em campo. Com isso, a equipe se desorganizou defensivamente e deixou espaços para os contra-ataques dos Tuzos.

O segundo nasceu de uma saída de bola errada. Pedroza aproveitou, tocou para Deossa, que bateu e venceu John. Após isso, a equipe de Artur Jorge se lançou de vez ao ataque e acumulou chegadas sem perigo e decisões erradas. Em um contra-ataque, Rondón deu números finais à partida.

A eliminação precoce para o Pachuca não apaga a temporada histórica que o Botafogo fez em 2024. O Alvinegro começou o ano questionado pela perda do título brasileiro de 2023 e pela espera de títulos. Em meio a isso, teve uma troca de técnico e as peças do elenco foram chegando e se encaixaram.

A principal delas foi Artur Jorge, que assumiu um time que estava abalado e que muitos duvidavam de sua capacidade. Fora isso, a torcida estava machucada por conta do que havia acontecido no ano passado e ao longo dos anos antes da chegada da SAF.

Com o tempo, o Botafogo foi melhorando dentro de campo e fora de campo. O bom trabalho de scout ajudou a equipe a melhorar seu elenco e fazer uma reformulação. Entre contratações de peso e pontuais, o Alvinegro montou uma equipe que se encaixou no estilo de jogo de seu técnico.

Time do Botafogo antes da final. (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
Time do Botafogo em 2024 – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Em 2024, o Botafogo fez história, alcançou um feito raro e se tornou apenas a terceira equipe na história a conquistar o Brasileirão e a Libertadores no mesmo ano. Além disso, acabou com a espera por títulos de maneira épica. Agora é tempo de comemorar as conquistas e pensar no ano que vem.

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