O UFC encerrou 2024 com dois brasileiros sendo campeões. Embora todo o ‘hype’ e atenção tenham ficado em Alex Poatan, Alexandre Pantoja também mostrou todos os motivos de ser um dos grandes lutadores do Ultimate em seu reinado na divisão dos moscas.
Neste ano perto de se encerrar, o lutador teve embate no qual reinou soberano no octógono, confirmando sua condição de ‘dono’ de uma categoria que conviveu várias vezes com o temor de ser extinta na organização, e buscando se qualificar para ser estrela do evento.
Vitória no Brasil
Depois de um 2023 de muitos triunfos, Pantoja fez a primeira de suas duas lutas no ano no UFC 301, disputado no Rio de Janeiro. Em um card criticado pela falta de grandes nomes brasileiros participando deste, o campeão dos pesos-moscas foi a principal atração da noite.
O adversário foi o australiano Steve Erceg, lutador que havia vencido até então as três lutas que fizera no Ultimate e estava há 11 lutas sem vencer. Um adversário pouco badalado, mas que veio ao Brasil com a missão de conseguir algo perto de uma ‘zebra’.
A luta, em si, foi disputada de certa forma. Erceg até tentou criar alguma coisa para surpreender o campeão. Mas a superioridade de Pantoja logo se mostrou dentro do octógono e o brasileiro encaixou sua estratégia para poder sair do cage instalado em solo carioca com vitória por decisão unânime dos juízes.
Triunfando contra novato
Após vencer o australiano, Pantoja esperou pela decisão do UFC em definir o próximo rival. Com atletas como Brandon Moreno e Brandon Royval já tendo sido derrotados pelo brasileiro, além da inatividade outros e até mesmo a demissão de Muhammad Mokaev, a organização teve que lutar para achar um adversário que pudesse servir para que a categoria dos moscas se mantenha viva.
E, de forma até surpreendente, Kai Asakura foi o escolhido pela organização para enfrentar o brasileiro no UFC 310, em Las Vegas. Destaque e campeão no Rizin, o japonês aceitou a oportunidade de tentar brilhar no principal evento de MMA do mundo e buscar uma vitória que seria histórica para si.
Mas sequer Asakura assustou ao campeão. Sem tomar sustos diante do estreante, o brasileiro controlou a luta do jeito que pode e, no segundo round, ‘apagou’ o rival no mata-leão, chegando a sua terceira defesa bem sucedida do cinturão e se mostrando um dos campeões dominantes da entidade no momento
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O que vem pela frente?
Com a nova vitória, mais uma vez o UFC se vê diante de um dilema a resolver com Alexandre Pantoja. Diante de uma divisão a qual muitos dos novos nomes ainda não se firmaram e o brasileiro já derrotou alguns dos tops do ranking, a tarefa será um tanto complicada
Manel Kape, que venceu no UFC Tampa a Bruno Bulldog, já começa a pleitear tal chance, embora haja rumores de que enfrente em março de 2025 a Brandon Royval. Kai-Kara France é outro dos ranqueados que pode merecer chance e até antigos donos do cinturão, como Henry Cejudo e Deiveson Figueiredo, já se colocaram à disposição do Ultimate;
Mas, se dependesse de Pantoja, um outro ex-campeão lhe seria o adversário ideal: Demetrious Johnson. O ‘Mighty Mouse’ foi desafiado pelo brasileiro, mas afirmou que pretende seguir com sua aposentadoria das lutas.
