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Chico Barretto encerra carreira e inicia novo ciclo na ginástica brasileira

Chico Barreto se aposenta da ginástica aos 35 anos e inicia um projeto para formar novos atletas em Goiânia.

Foto: Divulgação/@chicobarrettojr

A ginástica artística brasileira se despede de um de seus grandes expoentes. Aos 35 anos, Francisco Barretto Júnior, o Chico Barretto, anunciou sua aposentadoria das competições, encerrando uma trajetória marcada por disciplina, superação e conquistas expressivas no cenário internacional. Finalista olímpico na Rio 2016, campeão em Jogos Pan-Americanos e Sul-Americanos e presença constante nos Campeonatos Mundiais, ele agora se dedica a um novo projeto fora das arenas.

Natural de Ribeirão Preto (SP), Chico construiu uma carreira sólida e de respeito. Foram duas Olimpíadas, nove Mundiais, três Jogos Pan-Americanos e quatro edições dos Jogos Sul-Americanos. Entre os feitos mais marcantes, destaca-se o quinto lugar na barra fixa na Rio 2016, melhor resultado do Brasil no aparelho, e o nono lugar por equipes em Tóquio 2021.

Dos primeiros saltos ao topo do pódio

O início na ginástica veio cedo, mas foi aos 13 anos, ao trocar Ribeirão Preto por São Caetano do Sul (SP), que ele deu os primeiros passos rumo ao alto rendimento. Depois, em 2014, se transferiu para o Esporte Clube Pinheiros, onde competiu até o fim da carreira.

No Pan de 2011, em Guadalajara (MEX), Chico conquistou o ouro por equipes. O grande momento viria em Lima 2019, quando levou três ouros, por equipes, na barra fixa e no cavalo com alças, e foi eleito o melhor atleta das Américas. No Pan de Toronto 2015, veio uma prata. Ao longo da carreira, também acumulou medalhas em Mundiais Militares e Sul-Americanos, além de 12 títulos nacionais.

Ao avaliar sua trajetória, Chico destaca que a jornada teve dificuldades, mas que os resultados mostram a importância da persistência. Durante quase três décadas dedicadas ao esporte, ele se tornou referência para novas gerações e ajudou a elevar o patamar da ginástica brasileira.

O novo desafio: formar atletas e popularizar o esporte

Se dentro das arenas Chico ajudou a moldar a história da ginástica nacional, agora ele se prepara para formar novos talentos. Formado em Educação Física desde 2012, ele abriu o OLY Centro de Treinamento, em Goiânia (GO), academia que fundou ao lado da noiva, Maya, médica do esporte. O projeto tem como objetivo democratizar o acesso à ginástica e incentivar a prática da modalidade para todas as idades, não apenas no alto rendimento.

Mais do que ensinar técnicas e fundamentos, Chico quer que a ginástica seja vista como um esporte acessível e benéfico para a qualidade de vida. No novo centro de treinamento, ele pretende aplicar toda a experiência acumulada ao longo da carreira para desenvolver atletas e incentivar a prática esportiva desde a infância.

Legado e despedida das competições

Mesmo sem a medalha olímpica, Chico Barretto encerra a carreira com a certeza de ter feito história na ginástica brasileira. Seu nome fica marcado como um dos pilares do crescimento da modalidade no país, e sua transição para o trabalho com novos atletas reforça o impacto que ele ainda terá no esporte.

A despedida das competições marca o fim de um ciclo vitorioso, mas sua contribuição para a ginástica nacional segue viva. O Brasil agradece. Obrigado, Chico!

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