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A saída de Lewis Hamilton da Mercedes para a Ferrari segue reverberando nos bastidores da Fórmula 1. O chefe da equipe alemã, Toto Wolff, revelou em entrevista que ainda não se acostumou com a mudança e comparou a sensação de ver o heptacampeão mundial competindo com outra equipe a “ver minha esposa com outro homem”.
Hamilton, que foi peça fundamental na era de domínio da Mercedes, inicia uma nova fase na carreira, enquanto Wolff e sua equipe enfrentam o desafio de reconstrução sem o piloto que fez história ao lado deles.
Um golpe difícil de superar
A parceria entre Hamilton e Mercedes durou 12 anos, rendendo seis títulos mundiais ao britânico e estabelecendo a equipe como uma das mais dominantes da história da Fórmula 1. No entanto, a decisão de Hamilton de vestir o vermelho da Ferrari a partir de 2025 pegou Wolff de surpresa.
“Quando ele me contou, foi um momento difícil. Passamos mais de uma década juntos, conquistamos coisas incríveis e construímos uma história única na Fórmula 1”, declarou Wolff.
O chefe da Mercedes relembrou que foi informado da decisão do próprio Hamilton, em uma conversa privada na casa do piloto, em Oxford. O austríaco disse compreender o desejo de mudança do britânico, mas não esconde que ainda sente a ausência do heptacampeão.
“Eu olho para as telas e vejo três carros da Mercedes. Aí percebo que um deles é o de Lewis, mas agora na Ferrari”, revelou.
A Mercedes sem Hamilton
A saída de Hamilton forçou a Mercedes a se reestruturar rapidamente. George Russell assumiu a posição de líder da equipe, enquanto o jovem talento italiano Andrea Kimi Antonelli, de apenas 18 anos, foi promovido para ocupar a vaga deixada pelo britânico.
“Precisamos seguir em frente. Temos um time forte, pilotos talentosos e desafios a superar. A Fórmula 1 não para”, disse Wolff.
Apesar da confiança na nova formação, o chefe da equipe admite que o início da temporada de 2025 não tem sido fácil. A Mercedes enfrenta dificuldades para acompanhar Red Bull, McLaren e Ferrari, que parecem um passo à frente em termos de desempenho.
O impacto da mudança no grid da F1
A chegada de Hamilton à Ferrari causou um grande impacto não só na Mercedes, mas no equilíbrio de forças da Fórmula 1. O britânico estreou pela equipe italiana no Grande Prêmio da Austrália e teve um desempenho competitivo, consolidando a Ferrari como uma das candidatas ao título.
Enquanto isso, a Mercedes ainda busca entender como pode voltar a brigar no topo. Para Wolff, ver Hamilton vestindo vermelho traz sentimentos mistos:
“É estranho, claro. Mas ele é um competidor nato e quer continuar vencendo. Cabe a nós trabalharmos para que possamos enfrentá-lo de igual para igual”.
O futuro da Mercedes na temporada 2025
Sem Hamilton, a Mercedes enfrenta um dos desafios mais difíceis desde que se tornou dominante na Fórmula 1. O carro de 2025 não começou a temporada como um dos mais competitivos, e a equipe precisará de um desenvolvimento agressivo para alcançar os rivais.
Russell, agora o principal piloto da equipe, tem mostrado consistência, mas ainda não conseguiu lutar diretamente por vitórias. Já Antonelli, estreante na categoria, está em fase de adaptação, mas tem potencial para crescer ao longo do ano.
Para Wolff, a meta da equipe é clara:
“Vamos trabalhar para voltar ao topo. Temos uma equipe forte e acreditamos no nosso projeto. Pode levar um tempo, mas não vamos desistir”.
Um novo capítulo na Fórmula 1
A ida de Hamilton para a Ferrari marcou o fim de uma era e o início de uma nova fase para a Mercedes. Wolff ainda sente o impacto emocional da saída do heptacampeão, mas sabe que o esporte não espera.
Enquanto Hamilton busca seu oitavo título mundial de vermelho, a Mercedes tenta se reinventar sem seu maior ídolo. E, para os fãs da Fórmula 1, isso significa uma temporada cheia de novas histórias e rivalidades imperdíveis.
