Nesta quarta-feira o Palmeiras venceu o Ceará por 3 a 0, no Allianz Parque, pela fase quartas de final da Copa do Brasil. Porém, no final da partida, Abel Ferreira, técnico do Verdão, acabou sendo expulso pelo árbitro.
Logo após a partida, em entrevista coletiva, o treinador se mostrou indignado com a postura do Bráulio da Silva Machado, juiz da partida. Além disso, afirmou não saber o motivo que o levou a tomar o cartão vermelho.
— Eu vou falar aquilo que sinto. As pessoas ainda não me conhecem. Eu cheguei e fiz três jogos. No primeiro jogo, não dirigi uma palavra ao árbitro. No segundo jogo, contra o Vasco, também não. Zero. Hoje, não dirigi uma palavra ao árbitro até o lance da expulsão — disse o técnico.
— Antes de ser treinador, sou homem. Antes de ser árbitro, jogador ou treinador, sou homem. No fim, com toda humildade e todo o respeito, pedi para falar com o árbitro e ele teve a arrogância e prepotência de não me receber. E deixa eu dizer outra coisa: sou religioso, quando estou na igreja preciso estar calado, o futebol é um jogo de emoções — prosseguiu Abel.
— Hoje, dirigi apenas uma vez ao árbitro e falei por pura emoção, porque para mim era pênalti no Rony e aquele não era. Perguntei: o primeiro você não viu, agora você viu. Não era para me dar vermelho direto — concluiu.
ELOGIOS AO GUSTAVO SCARPA
Um dos destaques do Palmeiras no jogo de hoje foi Gustavo Scarpa, que atuou como lateral-esquerdo no lugar do Matías Viña. Além de anotar o primeiro gol da vitória palmeirense, o jogador foi um dos mais participativos do jogo, presente na maioria dos lances de perigo do Verdão. Uma atuação que agradou também ao treinador Abel Ferreira.
— Já tinha visto o Scarpa jogar na lateral com o Vanderlei Luxemburgo. Mas não gosto de fazer alterações entre jogadores quando eles não querem. Fiz um simples exercício, e ele se disponibilizou para ajudar a equipe numa posição que não é a dele de origem. O que quero dizer aqui é que se Tite me ouvir, e é bom que ouça, ele é muito bom nessa posição. Era fã de Roberto Carlos, pela forma cruzava e metia a bola. Parecia que tinha olhos — elogiou Abel Ferreira.
— Temos Matías Viña que é top para defender, uma intensidade top, e temos alguém que nos pode dar um extra no aspecto ofensivo. Tem uma precisão de cruzamento muito acima da média. Foi alguém que se sacrificou para jogar numa posição que não era a dele. Tínhamos conversado de pensar numa possível situação de outro lateral-esquerdo, mas com essa vontade que demonstrou, de atacar e defender, vou perguntar se quer continuar do lado esquerdo porque tem futuro aqui e quem sabe na Europa — finalizou.
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