O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu, ao menos temporariamente, a cobrança de Rodriguinho, de R$ 4,16 de milhões, ao Cruzeiro. O período de suspensão judicial é de 180 dias e contou com a decisão do juiz Luís Fernando Nigro Corrêa, há alguns dias – 13 de outubro –, em razão da Recuperação Judicial do clube.
Os valores cobrados por Rodriguinho referem-se a direitos de imagem e ele requer que o pagamento da dívida seja direcionado à sua empresa, a RCM Esportes e Participações Eireli. Havia um acordo para o pagamento de R$ 2,08 milhões em 20 parcelas mensais a partir de abril do ano passado, o que não foi cumprido. Em setembro, então, a ação correu na Justiça.
+ Paulo Pezzolano, técnico do Cruzeiro, confirma presença em evento de debate esportivo em MG
Segundo o meio-campista, que hoje defende o Cuiabá, o Cruzeiro não quitou nenhuma parcela do contrato assinado em março de 2019, que previa o pagamento de R$ 260 mil em direitos de imagem até dezembro do ano passado. Com atraso superior a 30 dias, o Cruzeiro se sujeitou à antecipação de todas as prestações e à multa de 100% sobre o saldo devedor. Rodriguinho alega que o clube também não cumpriu o acordo de rescisão em janeiro de 2020.
Rodriguinho tem ainda outro processo contra o Cruzeiro na Justiça do Trabalho, datado de agosto de 2021. Esse processo corre em sigilo.
Mais dívida!
O Cruzeiro tem dívida ainda pelo aquisição de Rodriguinho em janeiro de 2019, quando foi contratado junto ao Pyramids, do Egito, se comprometendo a pagar R$ 26 milhões à época, em sete parcelas durante três anos. A Raposa quitou apenas US$ 1 milhão. O restante do montante ainda está em imbróglio na Fifa. Caso o clube não quite a dívida, pode se sujeitar a punição da Fifa para a inscrição de jogadores.
Rodriguinho vestiu camisa do Cruzeiro em 22 jogos e marcou oito gols. O meia-campista fazia parte do elenco rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro em 2019. Em fevereiro de 2020, deixou o clube com destino ao Bahia. Neste ano, acertou sua ida para o Cuiabá.
