O presidente Adson Batista, do Atlético-GO, criticou a discussão iniciada nesta semana que fala sobre a possibilidade de paralisar o Campeonato Brasileiro, em função da tragédia sem precedentes que atinge o estado do Rio Grande do Sul desde o fim de abril. Em entrevista ao GE.com, o mandatário do Dragão foi duro: afirmou que dezessete clubes não podem ser punidos e prejudicados em detrimento de apenas três (os gaúchos Internacional, Grêmio e Juventude) e que “ficar chorando” não seria a solução para o problema.
“Penso que não é solução parar o campeonato. Parar por quê? Para podermos ficar aqui sofrendo e chorando? Não adianta. Não adianta criar um problema em cima de outro. Temos que continuar o campeonato, dar apoio aos irmãos do Sul, mas sem prejudicar a competição. Senão vamos passar pelos mesmos problemas da época da Covid-19. Com jogos cedo, à tarde e à noite. Time emergente como o Atlético-GO não tem estrutura para jogar um campeonato com bom nível pensando dessa forma”.
A ideia de paralisar o Brasileirão 2024 passou a ser especulada na noite da última segunda-feira (6), com o avanço do cenário de devastação em Porto Alegre. Os gaúchos que jogam a Série A, Grêmio, Juventude e Internacional, por exemplo, tiveram todos os seus jogos adiados pela CBF até o final do mês, tal como os outros times do estado que jogam outras competições nacionais da entidade máxima do futebol brasileiro. Além disso, no caso da dupla Grenal, que está com os estádios e CTs alagados e deu folgas forçadas aos jogadores, os adiamentos também foram oficializados pela CONMEBOL, tanto na Libertadores (para o Grêmio) e na Sul-Americana (Internacional).
Portanto, o Atlético-GO, contrário a paralisação geral e que já teve um jogo contra o Juventude (5ª rodada) adiado, segue sua preparação normal para o jogo contra o Cruzeiro. A bola rola no domingo (12), às 16h, no Antônio Accioly.