A Alpine anunciou nesta segunda-feira, 17, que o tetracampeão Alain Prost deixaria seu cargo de ‘conselheiro’ e diretor não-executivo na equipe após cinco temporadas. O francês se juntou à então Renault em 2017 como um conselheiro, para dois anos depois ser colocado como um dos diretores não-executivos, participando também na reformulação da equipe entre Renault e Alpine.
Desde a saída do antigo chefe de equipe, Cyril Abiteboul, o CEO Laurent Rossi ocupou a chefia do time, dividindo também com Marcin Budkowski, que também saiu na última semana, e Davide Brivio. Agora, entrando numa ‘nova’ Fórmula 1, Rossi vem fazendo mudanças na estrutura da Alpine, inclusive com a potencial contratação de Omar Szafnauer, ex-Aston Martin.
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No entanto, a não continuidade de Prost foi feita de maneira ‘descompassada’, aparentemente descumprindo um ‘acordo verbal’ entre o campeão mundial e a equipe. Segundo Alain Prost em seu perfil oficial no Instagram, as partes haviam combinado de fazer o anúncio de maneira conjunta, algo que não aconteceu:
— Estou muito desapontado com a maneira que isso foi anunciado no dia de hoje. Estava acordado que faríamos um anúncio em conjunto com a Alpine F1 Team. Uma falta de respeito, sinto muito. Eu recusei a oferta que me fizeram no GP de Abu Dhabi (no fim do ano) para a temporada de 2022, por causa de um relacionamento pessoal e estava correto. Para Enstone e o time de Viry, sentirei saudades.
Enstone e Viry, à que Prost se refere em sua publicação, são as bases da Alpine. A parte de chassis e a administração da equipe são feitas na cidade de Enstone, no Reino Unido; e a seção de motores é sediada em Viry-Châtillon, uma comuna ao sul de Paris, na França. Além de fazer parte da Alpine recentemente, Prost pilotou por três anos (1981-83) pela Renault, conquistando um vice-campeonato antes de sair para a McLaren.