Carlos Alcaraz, número dois do mundo, concedeu uma entrevista ao site da ATP, a Associação dos Tenistas Profissionais, e declarou seu objetivo de ser como foram Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, o Big 3 do esporte.
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Ele levantou o título de Roland Garros no último domingo pela primeira vez e faturou seu terceiro Grand Slam: “Depois de todo o trabalho, de todo o sacrifício para ganhar um troféu desses, é preciso aproveitar um pouco. É algo que estou aprendendo. Tenho 21 anos e ainda me conheço: o que preciso, o que não não precisa, como fazer as coisas e como não fazer. Estou percebendo que é preciso ter um equilíbrio entre dias de trabalho e sofrimento com dias de descanso e liberdade para fazer o que quiser, para não sentir vontade, um tenista é só um cara normal. Isso te ajuda a se desconectar e levantar com a cabeça tranquila para ir para a quadra e dar 100%”.
Alcaraz comentou sobre a frustração que teve com a lesão no antebraço: “Sou uma pessoa mais propensa a chorar de frustração, não de felicidade. Não choro muito, mas chorei algumas vezes por causa da lesão, quando tive que perder alguns torneios que realmente estava acontecendo. Mentalmente foi angustiante, você usa o braço direito para tudo. Eu uso muita velocidade e força em cada golpe e meu antebraço sofre muito. Fiquei preocupado, pensando que talvez não me recuperasse 100%. Em Madri joguei quatro partidas e na quarta não consegui ir.
Fizemos testes e tudo que era necessário para chegar até aqui da melhor forma possível, mas minha cabeça não parava de me fazer perguntas. Eu estava um pouco inseguro sobre como meu braço reagiria em um Grand Slam, melhor de cinco sets. Foi difícil, mas com o passar das rodadas me senti bem, sem dor, embora tenha sido cauteloso. No dia da semifinal resolvi esquecer aquele cuidado na hora de bater com o forehand. Disse a mim mesmo: ‘Se eu me machucar, que seja aqui’. Não era hora de ter medo e tive que confiar em todo o trabalho que fizemos”.
Ele fez o comparativo com o Big 3 do esporte: “Já vi alguns vídeos, mas não consigo comparar os destaques com o que eram na minha idade. No final das contas, não importa o que conquistei nessa idade se eu parar agora, com a minha carreira quero continuar crescendo e chegar onde chegaram Djokovic, Rafa e Federer… os grandes, os gênios, que continuaram a melhorar até os 37 ou 38 anos. Ficam no topo por 16 ou 17 anos. Quero lutar por grandes títulos temporada após temporada, lidar com a pressão, com as lesões, porém, é extraordinário e poucos conseguem fazer isso”.