Após a derrota para o Coritiba, por 3×0, nesta quarta-feira (08), o pesadelo que estava se desenhando durante toda a temporada, por fim, aconteceu e, pela quarta vez no Brasileirão de pontos corridos o América está rebaixado à segunda divisão.
Esta era uma temporada que se desenhava muito promissora desde o seu início. Vindo de um 2022 bastante positivo, o Coelho chegou a atual temporada classificado para a Copa Sul-Americana, Copa do Brasil e iniciou o Campeonato Mineiro com boas chances de ser campeão.
Talvez, este fosse o ano dos sonhos para o Clube, uma vez que neste ano, disputaria pela terceira vez seguida a elite do Brasileiro e tinha um plantel qualificado o suficiente para fazer boas campanhas nos torneios de 2023.
Iniciada a temporada, o então técnico da equipe, Vágner Mancini, buscou dar sequência para os jogadores, e conseguiu. O time alviverde se classificou bem na primeira fase do estadual, de forma invicta, e encantava com suas boas atuações. Classificado para as semifinais, o América atropelou o rival Cruzeiro nas duas partidas do confronto, e chegou a final com chances reais de se sagrar campeão diante do arquirrival Atlético.
Porém, dessa final em diante, a temporada do Coelho não seria mais como planejada. Com uma derrota amarga sofrida na primeira partida, com gol sofrido nos últimos lances do jogo, e um novo revés na volta, o América sofria seu primeiro grande “baque” do ano. Ali, a própria comissão técnica admitiu a força do golpe sofrido, e reconheceu que o grupo teve dificuldades para superar.
Na Sul-Americana, as coisas começaram razoavelmente bem. Na primeira partida da fase de grupos, o Coelho goleou o Peñarol, por 4×1. Em seguida, amargou uma derrota para o Defensa y Justicia-ARG e um empate contra o Millionarios-COL. A situação se complicou, mas ainda assim o time se manteve vivo na competição, e acabou se classificando no Uruguai, contra o Peñarol, no “Milagre de Montevidéu”.
A esperança de uma conquista internacional renascia no coração alviverde, ao passo que no Brasileiro, a equipe havia iniciado sua trajetória com uma sequência de cinco jogos sem vitórias.
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Ao meu ver, este foi o erro do América nesta temporada: acreditar que a situação no Brasileiro seria facilmente revertida a qualquer momento, e que aquilo não passava de uma má fase. O elenco não era robusto o suficiente para conciliar três competições simultâneamente (Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana). A Copa do Brasil, de fato, têm sua importância para os cofres das equipes, além de ser um caminho mais “curto” para uma Copa Libertadores, assim como a Sul-Americana. Porém, era necessário abdicar de algo em prol do Brasileirão, e isso demorou a ocorrer.
As eliminações nos torneios de mata-mata aconteceram em uma fase já avançada do Campeonato Brasileiro, a saída de Vágner Mancini demorou acontecer (mesmo com todos os sinais para uma iminente demissão) e os reforços demoraram chegar.
Por fim, a temporada que prometia ser histórica, acaba como um fiasco. Apesar de curto, o elenco não é ruim, a comissão técnica não é ruim, as estruturas do Clube, não são ruins, mas, uma vez afundado na “areia movediça” da zona de rebaixamento, fica muito difícil de um clube escapar, mesmo fazendo muita coisa da forma correta.
Sendo assim, o América, que sonhou com o paraíso, esqueceu da sua realidade, e agora acorda no seu pior pesadelo.
A esperança é a de que tempos bons chegarão, e o Coelho voltará para a elite, em breve!
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