Contratado em 2015, Tinga já foi utilizado em todas as posições do lado direito: lateral, ala e, até ponta direita com Rogério Ceni, mas foi com Juan Pablo Vojvoda que o gaúcho se tornou um zagueiro com muita importância no ataque.
Baseado na análise do Footure, o lado direito do Fortaleza é importantíssimo para um time mais ofensivo. Com a movimentação de Matheus Jussa para a defesa, Tinga começa a ser um construtor pelo meio e força a movimentação de Yago Pikachu e Lucas Lima para confundir a marcação adversária, onde acontece a variação tática do 3-4-1-2 para 3-1-4-2.
Em um lance específico contra o Sousa-PB, a construção de Tinga pelo meio força outras movimentações. Lucas Crispim e Lucas Lima abrem nas pontas e atraem os laterais, assim como os atacantes puxam os zagueiros, o que libera espaço para Yago Pikachu entrar pelo meio da defesa.
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No gol contra o Ceará no empate em 1 a 1 no Clássico-Rei, as trocas de posições são essenciais para atrair a marcação e deixar um contra um entre atacante e defensor. Tinga começa a jogada como lateral-direito e puxa a marcação do ponta, o que faz Torres abrir na ala e deixar espaço para Yago Pikachu infiltrar e chamar atenção de um marcador. Com as coberturas em Tinga e Torres, Ronald recebe livre, com espaço para pensar no passe, e toca para Moisés, que vence no um contra um e faz o gol de empate. Nesse lance, oito jogadores tricolores estão no campo ofensivo, outra característica marcante do futebol implantado por Vojvoda.
Aos 28 anos, Tinga já era e se tornou cada vez mais importante para o esquema tático do Fortaleza. Dizem que o ápice do jogador está entre os 27 e 30 anos, e combinando a parte física com a sua parte técnica e tática, Vojvoda transformou o lateral em um grande zagueiro.
