Com os resultados da 11° rodada, o Botafogo caiu para a quarta colocação e ficou quatro atrás do líder. O momento de oscilação piorou com a derrota para o Criciúma, depois de nove jogos de invencibilidade, e a torcida cobra por uma mudança na postura. Artur Jorge tem desfalques importantes e algumas lacunas no elenco, que devem ser preenchidas a partir de julho, mas precisa ser questionado em algumas convicções.
Com quatro atacantes, o esquema de Artur Jorge já teve altos e baixos ao longo de sua passagem pelo Botafogo. O início foi ruim, já que os jogadores ainda estavam se adaptando, mas a estratégia engrenou. O Glorioso alcançou a liderança do Campeonato Brasileiro e passou de fase na Copa do Brasil e na Libertadores.
Agora, a situação mudou. Contra o Athletico, Artur Jorge sofreu um nó tático de Cuca, que neutralizou as investidas do Botafogo. Já contra o Criciúma, a equipe teve um adversário mais limitado, mas voltou a ter dificuldades em criar no ataque e se defender.
Os desfalques atrapalham, sobretudo Savarino, que vinha sendo essencial até embarcar para a disputa da Copa América. Além disso, jogadores como Eduardo e Tiquinho Soares ainda não renderam desde que voltaram de lesão. Nos últimos jogos, os jovens Yarlen e Fabiano vêm sendo opções imediatas no banco, mas não estão prontos.
Mesmo com os problemas, Artur Jorge tem condições de melhorar o rendimento com as peças atuais. Uma mudança de esquema pode ajudar, como o tradicional 4-3-3 que vinha sendo utilizado no Botafogo desde que virou SAF.
Outra crítica é a utilização de jogadores de forma improvisada. Luiz Henrique praticamente não jogou no setor em que se destacou na Espanha. Além disso, Tchê Tchê se tornou uma opção no lado esquerdo ofensivo, mas teve dificuldades.
O Botafogo se prepara para voltar a jogar pelo Brasileirão na próxima quarta-feira (26), contra o Red Bull Bragantino, às 19h (de Brasília). Alexander Barboza, Gregore e Óscar Romero estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo.