Flamengo
Análise: Flamengo domina o primeiro tempo, mas cai de rendimento no segundo em empate com o Fluminense
O Rubro-Negro conseguiu incomodar na primeira etapa e viu o Tricolor se soltar na segunda
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Em jogo truncado, disputado e com muitas polêmicas de arbitragem, Fluminense e Flamengo não saíram do zero no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro conseguiu pressionar o Tricolor no primeiro tempo e, inclusive, foi superior. Na segunda etapa, o time de Jorge Sampaoli pareceu ter sentido o cansaço, enquanto a equipe de Diniz controlava as principais ações do jogo.
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Nos minutos iniciais, o Flamengo conseguiu deixar o Fluminense desconfortável na saída de bola. A presença de Gerson, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Cebolinha e Gabigol no campo defensivo incomodou a primeira linha tricolor. A tática, no entanto, exige muito da parte física, que começou a faltar ao Fla no fim da primeira etapa.
Antes do intervalo, o Fluminense já tinha igualado o jogo. Conseguia respirar com a bola no pé e, aos poucos, implementava seu estilo. Nos 45 finais, a entrada de Lelê deu ao Flu presença de área e agressividade nas transições, o que fez os papéis se inverterem. Sem Ayrton Lucas e Fabrício Bruno e com Léo Pereira e Filipe Luís, o Flamengo começou a ter dificuldade nas recuperações em velocidade.
A marcação alta não se encaixava e Jorge Sampaoli se viu obrigado a recalcular o plano de jogo, recuando suas linhas. A estratégia, no entanto, não funcionou, já que o Flamengo cedia espaços e ao mesmo tempo não conseguia encaixar seus contra-ataques. Na coletiva, inclusive, o técnico rubro-negro comentou sobre o tema.
– Penso que fizemos um primeiro tempo de muita exigência física, que empurramos o Fluminense contra o gol deles. No segundo tempo, sentimos um pouco esse ritmo. Os ajustes de pressão eram diferentes. Eles conseguiram sair e nos causaram dificuldades – disse o comandante argentino, que ainda completou:
– O Fluminense costuma a usar o mesmo lado, de maneira vertical. Poucas vezes trocam de lados. Nós não pressionávamos e eles invertiam o lado. Isso nos surpreendeu. Ajustamos, mas complicou. Quando entrou o Lelê na ponta, o Diniz incomodou a gente. Tivemos que mudar a estrutura porque estávamos muito expostos. Tivemos que corrigir porque estava complicado – concluiu.
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A falta de vigor físico para manter o padrão do primeiro tempo talvez seja um vestígio da intensidade exigida nas partidas contra Palmeiras e Athletico. Além disso, ao contrário do Fluminense, o Flamengo teve uma semana cheia, incluindo a viagem para Curitiba, onde decidiu vaga nas semifinais da Copa do Brasil.
O domínio dividido pela dupla Fla-Flu justifica o empate justo no Maracanã. O clássico até contou com gols para os dois lados, mas ambos foram anulados pelo VAR por falta na origem das respectivas jogadas e o placar se manteve zerado.