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Sampaoli confessa que mudança tática do Fluminense surpreendeu o Flamengo: ‘Complicou um pouco’

Sampaoli, técnico do Flamengo (Foto: Dhavid Normando | Getty Images)

Técnico analisou atuação do Rubro-Negro no clássico e admitiu queda de rendimento no segundo tempo

Foto: Dhavid Normando | Getty Images

O Flamengo empatou com o Fluminense em 0 a 0, na tarde deste domingo (16), no Maracanã, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor foi o mandante do clássico. O jogo ficou marcado pelo uso do VAR, que anulou um gol de cada equipe, por faltas nos inícios dos lances.

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Em entrevista coletiva após o clássico, o técnico do Flamengo, Jorge Sampaoli, analisou o duelo. O argentino destacou que o Rubro-Negro foi melhor no primeiro tempo, mas reconheceu que a equipe caiu de produção na etapa complementar.

– Basicamente na cultura de jogo em ter a possibilidade de aguentar por 90 minutos como o time fez no primeiro tempo, com muita energia e decisão, para tentar ganhar o jogo. Também é um tempo de recuperação. A equipe vem de jogos em campos sintéticos, uma classificação contra o Athletico-PR. Jogamos contra um time bom e descansado. O futebol tem muita coisa, então, seguiremos tentando construir uma ideia de jogo que não permita descansar com a bola e dominar a partida para que o jogo não tenha que se correr tanto, porque senão o time vai sofrer como sofreu no segundo tempo – disse, completando em seguida:

– Penso que fizemos um primeiro tempo de muita exigência física, que empurramos o Fluminense contra o gol deles. No segundo tempo, sentimos um pouco esse ritmo de pressão. Os ajustes de pressão eram diferentes. Eles conseguiram sair da nossa pressão.

Sampaoli confessou que uma mudança tática do Fluminense surpreendeu o Flamengo. Fernando Diniz alterou a dinâmica dos jogadores em campo, explorando a inversão de lados. O treinador rubro-negro destacou que, desta forma, o rival conseguiu superar a pressão feita pelos atletas do time da Gávea, que sentiram na etapa complementar o forte ritmo adotado no primeiro tempo.

– Penso que quando Diniz trocou usando mais os lados (quando o jogo mudou), o Fluminense costuma a usar o mesmo lado, de maneira vertical. Poucas vezes eles trocam de lados. Com isso, a gente não pressionava e eles invertiam o lado no segundo tempo. Eliminavam o lado do campo. Isso nos surpreendeu, ajustamos, mas complicou um pouco. Quando eles trocaram o Lelê, para colocar nas pontas, ele incomodou a gente. Tivemos que mudar a estrutura porque estávamos muito expostos. Tivemos que corrigir, são decisões, porque o time estava complicado.

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Com o empate, o Flamengo foi a 27 pontos, 12 a menos que o líder Botafogo. No momento, o Rubro-Negro permanece na segunda colocação do Campeonato Brasileiro.

Agora, o Flamengo tem uma semana livre até o próximo compromisso. O Rubro-Negro volta a campo somente no dia 22 (sábado), quando enfrenta o América-MG, às 16h (horário de Brasília), no Maracanã, pela 16ª rodada do Brasileirão.

Confira outras respostas de Sampaoli

Alternativas de jogos

– Hoje buscamos muitas alternativas. Mudamos no momento em que o Fluminense era melhor que nós (…) Quando eles trocam Lelê e ficam com dois pontas, tenho o Wesley muito em cima e era um incômodo para nós. Então decidi recuar o Wesley e colocar um atacante pela direita como é o Luiz Araújo, modificando a estrutura porque estávamos muito expostos. São decisões que tomamos para corrigir quando o time está em dificuldades.

Parte física e parte técnica no clássico

– Penso que, quando o rival encontrou e o Diniz trocou, começaram a jogar pelo lado. Normalmente eles usam muito o eixo vertical. Fluminense muita poucas vezes troca de lado. Como estratégia, começaram a jogar de lado a lado e isso, como não pressionávamos a tempo, modifica e nos fazia correr e eliminava o lado do campo. Isso foi uma coisa que nos surpreendeu um pouco. Nos ajustamos, mas obviamente nos complicou. Essa situação foi surpreendente taticamente. Tentamos corrigir, mas o cansaço também começou a acontecer na metade do campo Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro. Isso fez com que perdêssemos a tática do jogo e começamos a “suportar o jogo”.

Sequência de jogos decisivos

– Creio que a sequência de jogos que o time tem vai elevando a competitividade. O time vai tomando decisões, jogo contra Palmeiras, eliminamos o Fluminense e o Athletico-PR na Copa do Brasil… viemos com muito desgaste psicológico, inclusive anímico. Jogar um clássico depois disso gerando toda energia que o tive teve no primeiro tempo, sentiu no segundo. Valorizo também o rival, que mudou a estratégia e nos complicou também. Mérito do Fluminense que jugou muito e joga bem. Fomos superados por eles. Não porque baixamos ou subimos. A realidade para mim é essa.

Arbitragem

– Em respeito a arbitragem, eu não falo nunca. Eu gostava de estar aqui na conferência depois do Athletico-PR, mas foi ordem da diretoria. Considero, sempre, considero que não gosto de falar da arbitragem nunca. Na rodada final, sempre acaba sendo equitativo. Como falei na ronda de imprensa do Palmeiras. Erros são humanos, VAR, muita coisa. Minha postura é não falar, não criticar. Eu não posso resolver isso. Não está nas minhas mãos. Nas minhas mãos está o time.

Sobre o meio campo do time e reforços

– Penso que não temos algum volante como Gerson, que tem muita boa aparição, que todo tempo provoca essa condição. Pela direita, não, porque o Everton Ribeiro é um jogador de jogo, mas a aparição de Wesley e, quando joga Ayrton Lucas, tem o avanço. Hoje jogou o Filipe Luís como lateral interno e Cebola apareceu como extremo, jogando alto e ganhando amplitude. São decisões que o time vai tomando.

– Quando se está no Flamengo é esperado que chegue jogadores que elevam o nível dos que estão. A necessidade é de repor a saída de Vidal. É uma necessidade que o time tem e estamos buscamos alternativas, nessa posição de volante misto. O mercado sempre se vá, seguramente, se ver em entradas e saídas. Temos que estar atentos e não podemos ser surpreendidos. Um time para lutar coisas importantes em um ano difícil, de transição, tem que ter a possibilidade de ter um jogador que resolva, por si só, determinadas coisas no campo.

Expectativa para confronto contra o Grêmio, pela Copa do Brasil

– É uma satisfação. É um feito muito grande eliminar um time difícil como o Athletico-PR. Temos uma semifinal duríssima contra o Grêmio. Estamos nos preparando para isso focar muito em saber que essas partidas de eliminações são finais. Hoje o time competiu como se fosse uma final. Em alguns momentos melhores e, em outros, piores. O Flamengo precisa aprender a sofrer em algum momento, tem que aprender a golpear no momento de domínio. O caminho que o time vai construindo para sair da etapa inicial de ano muito confusa, o time está crescendo para mim.

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