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Análise: Flamengo empata com Racing em noite de escolhas ruins e desempenho coletivo abaixo

Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

Após vitória por 8 a 2 sobre o Maringá, que está na 4ª divisão do Brasileirão, o técnico Jorge Sampaoli disse querer “criar um time invencível”. A sequência do Flamengo nos últimos jogos mostra que o time terá uma longa estrada a percorrer até atingir os objetivos propostos pelo treinador argentino.

A derrota para o Racing evidenciou diversos problemas. O Flamengo entrou em campo com três volantes – Erick Pulgar, Vidal e Thiago Maia – e Éverton Ribeiro avançado, encostando em Pedro e Gabriel Barbosa. Mesmo com o número de jogadores no setor do meio, apoiados pelos laterais, o time não conseguia progredir em campo.

Ayrton Lucas foi acionado ao longo do jogo, e foi dos pés dele que saiu a primeira chance rubro-negra, aos oito minutos. Esse e um chute de longe do Éverton Ribeiro foram as duas únicas finalizações do Flamengo na partida até os 30 minutos – nenhuma no gol. A marcação do Racing no meio travou a saída de bola rubro-negra. Léo Pereira e Fabrício Bruno, muitas vezes, foram obrigados a fazer lançamentos. O Flamengo aumentou o número de chutes e chegou ao gol após a expulsão de Gabriel Hauche, aos 26 minutos.

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O Flamengo foi ao intervalo com o gol marcado por Gabriel Barbosa – seu 30º na Libertadores, consolidando-se como o maior artilheiro brasileiro da competição. No entanto, nos 26 minutos em que teve um a mais na segunda etapa, o time pouco produziu e viu o Racing crescer na partida.

Os dois cartões amarelos de Wesley evidenciam um jogador que tem potencial, mas não está preparado para jogos grandes e contextos de pressão. A decisão de Sampaoli de manter o atleta em campo foi criticada nas redes sociais. O treinador não tinha um lateral direito de ofício no banco – Matheuzinho e Varela estão lesionados -, mas havia opções, como retornar ao esquema com três zagueiros. O Flamengo pagou o preço.

A saída de Pedro também foi contestada nas redes sociais. Em um contexto de dificuldade na criação, os cruzamentos se tornaram uma opção. Uma das chances do Flamengo no final da partida foi uma fraca cabeçada de Gabigol, um fundamento que o camisa 10 não domina. Além disso, Bruno Henrique e Arrascaeta, fora de ritmo, pouco agregaram.

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O time argentino se impôs após a expulsão. O Flamengo chegou com perigo apenas aos 45 minutos da etapa final, com finalização de Thiago Maia no travessão. A noite ainda poderia ter se tornado um desastre: o erro individual de Fabrício Bruno por pouco não custou uma derrota. A desconcentração do time em momentos chave das partidas já custaram pontos importantes contra o Internacional e o Botafogo, no Campeonato Brasileiro.

O Flamengo tem 4 pontos ao fim do primeiro turno da fase de grupos. Além disso, tem em vista o Fluminense, adversário que tem sido uma pedra no sapato, na Copa do Brasil. A 13ª colocação no Campeonato Brasileiro, com uma vitória e duas derrotas em três jogos, é incômoda. E o próximo jogo é em território tradicionalmente difícil: Athletico-PR na Arena da Baixada neste domingo (7), às 16h. O time ideal de Sampaoli ainda parece distante e a recuperação precisa ser rápida.

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