Nesta segunda-feira (24), em uma partida daquelas intituladas como “jogo de seis pontos’, Fortaleza e Atlético-MG se enfrentaram em busca de alavancar suas pontuações na luta pela classificação para a Libertadores. Com mais de 40 mil torcedores presentes no Castelão e com direito a festa da torcida tricolor em homenagem aos 104 do clube, os postulantes às competições sul-americanas empataram sem gols em jogo pouco movimentado.
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Como era de se esperar pelos jogos realizados pelos clubes no segundo turno da competição, ambas as equipes entraram em campo com estratégias bem definidas. O Atlético-MG tentou manter a posse de bola e propor o jogo, mesmo sem muita criatividade na fase final de ataque, enquanto o Fortaleza manteve a ideia de montar uma defesa concreta e esperar os contra-ataques cedidos pelo adversário.
O Galo conseguiu manter o domínio, mas sem gols durante os noventa minutos. Já no Fortaleza, alguns pontos precisam ser levantados para compreender a dificuldade que a equipe apresentou em criar boas chances e manter a qualidade ofensiva presente nos jogos anteriores.
FORMATAÇÃO DO MEIO-CAMPO
Os meias escolhidos por Vojvoda para o duelo desta rodada foram Zé Welison, Lucas Sasha e Lucas Crispim. Analisando os atletas individualmente, o único que não deixou a desejar naquilo que lhe foi proposto como modelo de jogo, foi o volante Lucas Sasha, que fez mais uma partida com alto índice de desarmes, lembrando que o atleta detém recordes no quesito da competição atual.
Zé Welison e Crispim fizeram partidas abaixo do esperado, com muitos erros de passe e desatenção no posicionamento, até por parecem naturalmente deslocados, cumprindo uma função diferente da que costumam atuar. Zé Welison teve um posicionamento médio mais avançado que o de Sasha e equiparado com o de Crispim, fazendo com que Sasha tenha mais uma carga de função, sendo responsável pela saída de bola entre os zagueiros, trabalho normalmente realizado por Caio Alexandre, que cumpriu suspenção nesta segunda.
DESFALQUES
Para o confronto, o Fortaleza não contou com o lateral e capitão da equipe, Tinga, com o atacante Romarinho e com os volantes Caio Alexandre (suspensos) e Hércules (lesionado). Como dito anteriormente, o meio de campo do Fortaleza fez uma péssima apresentação coletiva, o Galo parecia ter um a mais nas sobras de bola.
Começando com o trio Zé Welison, Sasha e Crispim, as únicas opções no banco de reserva, para a posição, eram Ronald e Fabrício Baiano, que não possuem as mesmas características de Caio e Hércules, estes capazes de deixar o Fortaleza mais vivo em diversos momentos dos jogos.
Hoje, em especial, a torcida do Fortaleza pode declarar a falta sentida pelo Tinga jogando em sua defesa. Emanuel Brítez vem sendo um dos grandes destaques do Leão do Pici desde quando chegou, sendo visto por vários como a principal contratação do Fortaleza. Porém, o argentino não estava em um bom dia e a equipe precisava de um lateral mais ousado e ofensivo como o Tinga.
JOGADORES IMPORTANTES EM UM DIA RUIM
Emanuel Brítez, já citado acima, esteve longe de seus melhores dias, que são maioria desde que chegou no tricolor, já Thiago Galhardo e Pedro Rocha não conseguiram levar perigo o suficiente para a meta alvinegra.
Galhardo estava em sua função de atacante, porém, com a movimentação muito afetada pela fórmula de funcionamento do meio de campo tricolor. Como de costume, o camisa 91 sempre tentava ir buscar a bola na criação para abrir espaços, mas o Fortaleza o forçava a colocar a ação em prática muito distante do gol, justamente por faltar velocidade (e precisão) na transição ofensiva da equipe.
Pedro Rocha também fez uma partida muito discreta. Parece ter começado com pouca confiança e não ter conseguido recupera-la durante o confronto. Quanto ao posicionamento, o atleta era ponta esquerda ou atacante na fase ofensiva e fechava em uma segunda linha com quatro jogadores na fase defensiva.
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Na partida de quinta-feira, quando enfrentará o Coritiba na Arena Castelão, o Fortaleza já contará com o retorno dos atletas Tinga e Caio Alexandre. O volante Hécules deve entrar em período de transição até lá.
