Dois treinadores extremamente identificados com o Grêmio estão na mira para mais uma passagem no Tricolor. Renato teve longeva e vitoriosa passagem, que se encerrou dois meses atrás, deixando um legado de títulos e até uma estátua, pedida pelo próprio à direção.
Felipão tem perfil diferente, dentro e fora de campo. Chegou para sua última passagem no Grêmio após a Copa do Mundo de 2014. Nos trabalhos mais recentes, a conquista do Brasileirão pelo Palmeiras e alguns jogos inserido no complexo contexto do Cruzeiro.
Renato busca um jogo coletivo, mais associativo e agrupado, com troca de passes intensa e busca por movimentos de desmarque. Dessa forma conseguiu o título da Libertadores em 2017, com um futebol bem jogado e envolvente contra os principais adversários
Felipão é diferente, principalmente na construção de jogadas. Busca bastante o lançamento para o centro avante, que tem liberdade para se deslocar nas laterais, aproximando do meia aberto e dando progressão ofensiva dessa forma no característico 4-2-3-1. É uma proposta que seja, talvez, menos agradável aos olhos, mas que foi extremamente suficiente para conquistar o título do Campeonato Brasileiro.
É nítido que a diretoria busca um nome identificado com o clube. O necessário é perceber que são duas propostas distintas, e a cúpula de gestão do futebol do Grêmio precisa se atentar a isso antes de fechar qualquer contratação, para evitar uma nova ruptura rápida, como aconteceu com Tiago Nunes. Seriam duas na mesma temporada, o que é extremamente prejudicial para a absorção da parte tática pelos jogadores.
Confira no vídeo a análise tática com as principais características e diferenças entre os dois treinadores bem cotados para darem sequência à temporada após a saída precoce de Tiago Nunes.
