A camisa 10 da Seleção Brasileira é um ícone mundial. Não cansamos de ouvir relatos de pessoas que viajaram pelo mundo que nos rincões do planeta se encontra a camisa amarelinha. É nosso maior produto cultural.
E muito deste conhecimento vem por causa da camisa número 10. Claro que esta construção só foi possível pelos craques que levaram o numeral no costado. Nem é preciso citar todos. Fatalmente, você já se lembrou.
Taticamente falando, o camisa 10 brasileiro, nos últimos anos, não é o organizador do time. Quem veste a 10 é o jogador de maior qualidade técnica. Mas, invariavelmente, quem veste o número, em algum momento, joga pelo meio. Veja mais detalhes no vídeo abaixo.
A bola da vez é Neymar. Com uma carreira consolidada como ponta-esquerda, o jogador do PSG tem ido para o meio. Tanto no clube, quanto na seleção. E nos dois casos a mudança é feita por falta de um atleta com características de organização do jogo.
Mesmo estreando na Copa América com Casemiro, Fred e Paquetá, é inegável que o trio não consegue se impor e construir as jogadas da seleção. Quando Neymar é deslocado para o centro, o jogo flui.
Recentemente, Ronaldinho Gaúcho e Kaká passaram pelo mesmo processo. Ambos não eram armadores nas suas equipes, ao contrário de Neymar, e na seleção jogavam pelo meio. Não deram certo.
De alguma forma, podemos dizer assim, há uma “maldição”. Nenhum treinador, desde Felipão em 2002, conseguiu fazer nosso craque render. Ao longo dos últimos 20 anos, tiveram lampejos. Neymar e Tite têm a chance de acabar com esse estigma. A pergunta é: conseguirão? A Copa América pode nos ajudar a achar a resposta.