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Anderson Barros completa 6 meses como diretor de futebol do Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

“Era o grande momento para mim como profissional.” Foi assim que Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, definiu sua ida pro Verdão. Nesta quinta (11), o dirigente completa 6 meses de trabalho e agora enfrenta um desafio ainda maior em meio à pandemia de coronavírus.

Anderson não era a primeira opção para o comando do futebol do Palmeiras. Antes de fechar com o dirigente, o Verdão ouviu recusas de Thiago Scuro, do Red Bull Bragantino, e de Diego Cerri, do Bahia.

Mesmo assim, Barros chegou com muito ânimo à Academia de Futebol, como revelou em entrevista ao Globo Esporte.com.

– Não pensei duas vezes no momento em que recebi o convite numa terça-feira. Na quarta-feira já estava aqui para poder conversar com a direção.

– Eu sabia que era o maior desafio da minha carreira, que eu não podia ter e não posso ter o direito de errar – completou o dirigente.

GESTÃO EM TEMPOS DE COVID

Seis meses atrás, quando assumiu o cargo de Diretor de Futebol no Palmeiras, Anderson poderia imaginar muitas coisas, mas nunca o que vem acontecendo agora. Com a pandemia de covid-19, o trabalho tem sido remoto.

– Esse momento gera algumas situações para todos nós, de ansiedade, expectativa, dúvida e de medo. Você precisa estar sempre mostrando para as pessoas que estão ligadas a você que isso também vai passar. Como diz aquela frase célebre: ‘Tudo passa’. E vai passar. A gente precisa não ter o desgaste tão grande durante esse processo para não ter de fazer uma força excepcional quando retornarmos. Falando de Palmeiras, o grande segredo da condução do clube é esse – ressaltou.

O dirigente também teceu elogios à postura que o clube tem mostrado desde o início dessa crise sem precedentes.

– O Palmeiras foi um clube que procurou entender o mais rápido possível esse processo e procurou ter uma posição coerente. O Palmeiras mantém essa posição até agora, é um clube que pensa no retorno, mas pensa primeiro nas decisões dos órgãos estaduais e federais de saúde, para que a gente não se precipite”, constatou. “Não podemos precipitar agora, sob pena de todo impacto que estamos sofrendo ser maior ainda” concluiu Anderson.

Ele ainda comentou sobre como o Palmeiras está se preparando para o retorno das atividades e todos os protocolos que esse processo envolve.

– A gente tinha uma expectativa para as coisas acontecerem nessa semana, estamos sentados e reorganizando esse processo para caso acontecer na segunda-feira já estejamos prontos”, disse Anderson. “A gente não pode esquecer que muitas mortes ocorreram e muitas mortes estão ocorrendo. Não podemos errar nesses procedimentos – alertou.

Ainda sobre protocolos, Anderson Barros demonstrou muita lucidez ao falar sobre a criação de uma “consciência” sobre a situação.

– O Palmeiras se preocupou com a testagem, fez convênio com uma das maiores instituições de saúde, procurou adaptar sua estrutura física para receber os atletas e profissionais, mas nada disso é maior do que a consciência dos atletas e suas condutas individuais – finalizou.

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