Destaque do Fluminense em nos últimos anos, o volante André concedeu entrevista coletiva, nesta sexta-feira, no CT Carlos Castilho. Para o atleta tricolor, a final da Conmebol Libertadores contra o Boca Juniors será a partida mais “difícil da temporada”, além disso destacou o poder do adversário argentino, que busca o sétimo título da competição.
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– Vim me preparando a temporada inteira, desde o começo. É fazer as mesmas coisas que vinha fazendo durante a temporada. Não é só porque é uma grande final que vamos ter que mudar tudo. Com relação ao jogo, vai ser uma partida de muita competição. Eles são um time que trabalham muito, marcam muito bem, exploram bem os contra-ataques. Tem muita qualidade. Esperamos que é um time que, quando desce as linhas, marcam muito forte. Será o jogo mais difícil da temporada.
André também deixou claro que o Fluminense deve atuar praticamente com a mesma equipe que vence o Flamengo na final do Campeonato Carioca, quando o Flu conquistou o título.
– Desde que nos classificamos para a final, nosso time jogou bastante mexido, com equipe alternativa, outras com equipe mista. É normal que isso aconteça. Teve jogos que perdemos que jogamos muito bem. Final é outra história. Jogo único. Onde nossa equipe vem jogando mais tempo. Desde que acabou o jogo contra o Internacional, o nosso pensamento está nesse jogo. Temos que acertar os detalhes que erramos nas últimas partidas. É praticamente a mesma equipe que jogou a final do Carioca, uma equipe muito forte jogando no Maracanã. Tenho certeza que não vai mudar muita coisa no nosso jogo. Vamos subir a pressão, marcar bem os espaços quando estiver na linha baixa e quando estiver com a bola fazer o que estiver de melhor.
Naquela ocasião, o Fluminense jogou com: Fábio; Guga, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Alexsander e Paulo Henrique Ganso; Keno, Jhon Arias e Germán Cano. No entanto, pode de alterações, pois o titular Samuel Xavier estava suspenso e vai começar. No meio, Martinelli ficou fora por lesão.
André também comentou sobre a final ser realizada no Maracanã. Ele valorizou, mas aponta que Boca irá mais forte por conta dessa questão.
– Não. Independentemente do estádio que fosse, o Boca compete muito dentro e fora de casa. Jogar no Maracanã será mais um motivo para eles darem a vida. Para nós, aqui dentro, é o melhor estádio possível para nós disputarmos. É o nosso estádio. Onde temos um aproveitamento excelente na temporada. Mas para o Boca, é um motivo a mais para entrarem dando a vida.
Fluminense e Boca Juniors se enfrentam na final da Conmebol Libertadores, na tarde de 4 de novembro, às 17h (de Brasília), no Maracanã. A decisão é em partida única e em caso de empate haverá prorrogação. Persistindo a igualdade, a final será decidida nos pênaltis. Quem vencer leva.
Outros trechos da coletiva:
Briga em Copacabana
Muito triste o que está acontecendo. Nós, jogadores, vendo daqui, esperamos que as torcidas possam parar com essas brigas. Coisa boba. Acho que todos têm que ter consciência de viver esse momento. As torcidas têm que torcer, festejar, aproveitar essas últimas horas antes da grande final. Cada um torcer pelo seu time. Quando parte para a violência, deixa muito triste. Que eles possam ter consciência e só torcer.
Arbitragem
Wilmar Roldán é um juiz muito experiente, muito qualificado. Ele apitou dois jogos nossos fora de casa, contra River e Sporting Cristal. É jogar. Jogar o jogo. Não procurar ficar reclamando. Deixar ele apitar. Espero que seja um jogo que não tenha muito comprometimento dele. É jogar.
Estilo de jogo do Boca
Não sabemos como a equipe deles vai vir. A equipe deles tem um grande defensor de pênaltis, mas nós temos o Fábio também. Goleiro fora da curva, já venceu várias decisões de pênalti. Nós queremos ganhar no tempo normal, mas nossa equipe está pronta para jogar 90, 120 minutos. Nós treinamos pênalti há bastante pênalti. Não sei se tem equipe que treina mais pênalti do que a gente. Estamos preparados para fazer um bom futebol em todos os minutos.
Parceria com Martinelli
Muito feliz. Tenho um carinho enorme pelo Martinelli. Pelo momento que ele está vivendo. Desfrutar o máximo com ele. É um moleque que merece. Às vezes, até pouco reconhecido o trabalho que ele faz, o tanto de bola que esse moleque joga. É um cara que me carregou, que corre muito em campo, que tem um GPS. Estar vivendo esse momento com ele no profissional está sendo uma coisa especial.
Evolução no Fluminense
Estar chegando no clube em 2013 e estar disputando a maior final da história do clube com um time diferente, jogando um futebol diferente, com alguns jogadores da base, é motivo de muita felicidade para nós. Estar representando Xerém nesta final. Agora é jogar. Chegou o momento. Chegou a hora de fazer história. É um momento muito bom para Xerém.