O mais próximo de um maestro de orquestra no futebol é a função de camisa 10. Tal qual um comandante de sinfonia, o meia tem o dever de manter o time em sintonia, sem desafinar uma nota e entregar o espetáculo ao público. Esta analogia se encaixa bem no papel de Jean Pyerre no Grêmio, desempenhado com maestria neste sábado, onde com duas assistências e um gol de falta, ele foi o regente do Tricolor na vitória por 4 a 2 sobre o Ceará, em Porto Alegre, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O ano não tem sido fácil com Jean Pyerre, mas o meia parece ter aproveitado o tempo afastado por lesões para se reinventar, e após o seu retorno aos gramados, também tem reinventado o Grêmio ofensivamente. Praticamente todas as jogadas tem que ter o carimbo do camisa 10, que regeu bem o time, além de deixar sua marca. Foi dele, de falta, o primeiro gol do Tricolor. Ele ainda deu assistência para Pepê e Churín. Diego Souza completou o placar.
A boa atuação ofensiva gremista quase foi ofuscada pelo trabalho da defesa. Mesmo sempre em desvantagem, o Ceará nunca desistiu da partida e se não fosse Vanderlei, poderia ter tido melhor sorte. Kelvyn e Tiago foram os autores dos gols dos alvinegros.
Com a sétima vitória seguida, somando todas as competições, o Grêmio engata uma sequência que faz o time sonhar com a liderança e o título do Brasileirão. Com 33 pontos, o Tricolor chega ao 7º lugar, com cinco a menos que o Atlético-MG, mas um jogo a menos que os demais. Na quarta-feira, o Imortal volta suas atenções à Copa do Brasil e tem pela frente o Cuiabá, na Arena, às 16h30.
Já o Ceará começa a se aproximar do Z-4 após três jogos sem vitória no Brasileirão. Com 24 pontos, o Alvinegro é o 13º colocado, com quatro a menos que o primeiro da zona de rebaixamento. Na quarta-feira, o Vozão tem uma parada dificílima contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, onde precisa tirar uma desvantagem de três gols no Castelão, às 19h.
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