Conmebol Libertadores
Apesar das críticas, Abel se esquiva sobre escalação e diz que melhora do time não foi especificamente por entrada dos garotos
Treinador disse que o time não melhorou por entrada deles, e sim por uma mudança de formação no intervalo
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O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, concedeu entrevista coletiva após a eliminação para o Boca Juniors, na semifinal da Conmebol Libertadores. Em das entrevistas dele mais aguardadas pela torcida, se esquivou das críticas sobre a escalação e não concordou que o time melhorou, no segundo tempo, com a entrada de garotos formados na base.
Depois de um 0 a 0 em Buenos Aires, na semana passada, o Verdão saiu atrás logo no começo e fez um péssimo primeiro tempo, atuando com dois laterais-direitos, Marcos Rocha e Mayke. No intervalo, Endrick e Kevin entraram nas vagas de Marcos Rocha e Artur, e o Verdão melhorou e, quando passou a ter um a mais (em expulsão ocorrida após falta de Marcos Rojo justamente em Kevin) pressionou o Boca, empatou e só não virou por grandes defesas do goleiro Sergio Romero.
Nas últimas semanas, a maior bronca da torcida palmeirense com Abel era justamente uma suposta teimosia em utilizar essa formação. Com ela em campo, a equipe simplesmente não marcou um único gol, depois dela ter sido um sucesso na idas das quartas-de-final. Mesmo assim, na coletiva, a sua opinião foi contrária a da torcida: “Não foi a entrada da molecada (que melhorou o time), foi a alteração no sistema que eu fiz do primeiro para o segundo tempo. Foi isso que fizemos, alteramos a construção.”
Ele ainda questionou o trabalho da imprensa brasileira, respondendo de maneira ríspida algumas perguntas feitas pelos jornalistas, assim como já havia ocorrido na Argentina. “Quem é o treinador dessa equipe? Quem é que treina com eles diariamente? Quem os conhece melhor que ninguém? Quem é que faz tudo para o Palmeiras ganhar? Não tenho mais nada para dizer”, disse em resposta a uma pergunta.
“Estamos no Brasil… Quem não conhece a imprensa brasileira? A imprensa brasileira é conhecida em todo mundo por isso. Vocês ficam chateados quando eu dou perguntas diretas, que é a minha forma de ser. E vocês às vezes insultam os treinadores e jogadores, e isso não é agredir. Quer que eu diga o que? Que o responsável da derrota sou eu? Eu sou o máximo responsável pela derrota de hoje”, assumiu.
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Ele enalteceu a atuação do goleiro adversário e ressaltou a quantidade de finalizações criadas pelo time e as chances que teve de virar o jogo. “Penso que no segundo tempo fomos melhores. Fizemos 24 finalizações, mas hoje o resultado não quis que a gente fizesse mais que um gol. Tivemos oportunidades suficientes ao longo de todo o jogo para sair com outro resultado. Acho que o Boca veio aqui com uma clara intenção e conseguiu isso.”
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Por fim, ressaltou que ainda tem muita temporada pela frente, restando 13 rodadas do Campeonato Brasileiro, pelo qual o Verdão jogará um clássico neste domingo (8), na Arena Barueri. “Estamos tristes, sim… Não tem como. Fizemos de tudo, mas o futebol é assim. Amanhã estaremos juntos para trabalhar, domingo tem Brasileiro. Vamos com tudo pra ver até onde vamos chegar nesse campeonato que nos resta”, concluiu Abel.