Futebol Internacional

Após críticas, capitão da Rússia fala sobre a guerra

Foto: Jonathan Nackstrand/AFP via Getty Images

As repercussões da invasão russa à Ucrânia são notáveis desde as palavras de ordem vindas do lateral ucraniano Zinchenko, até a campanha promovida pelo presidente da Federação Francesa de Futebol para exclusão da Rússia na Copa do Mundo. O futebol russo vem sofrendo represálias de todos os lados, seja em rescisões forçadas de contrato com material esportivo à exclusão dos times do país no jogo FIFA. Manifestações e medidas contra os russos não faltaram, mas cobranças começaram a surgir, vindas primeiro do jogador do Everton e da Seleção da Ucrânia Vitaliy Mykolenko, para que os jogadores nativos viessem a público para comentar sobre as ações de seu país. O capitão da seleção russa Artem Dzyuba foi o primeiro e respondeu às críticas em seu Instagram.

O atacante de 33 anos explicou que não queria se pronunciar sobre os ataques por não ser especialista em política, mas reiterou suas manifestações contra a guerra, categorizando-a como “aterrorizante”. Por mais que seu posicionamento inicial seja padrão, a sequência de seu discurso causou controvérsias. O jogador do Zenit denunciou uma discriminação para com jogadores russos e afirmou o orgulho em ser russo e se posicionou contra sanções que prejudicam o futebol do país:

“Sou contra a discriminação com base em sua nacionalidade. Não tenho vergonha de ser russo. Tenho orgulho de ser russo. Não entendo por que os atletas têm que sofrer agora. Por que todos sempre dizem que o esporte é apolítico, mas na primeira oportunidade, quando se trata da Rússia, esse princípio é absolutamente esquecido?”

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As falas de Dzyuba tiveram a repercussão de Zinchenko, um dos atletas ucranianos mais engajados nas manifestações contra a Rússia. O defensor do Manchester City respondeu:

“Quanto ao seu principal argumento ‘o esporte é apolítico’, de fato, o esporte não deveria fazer parte de uma campanha eleitoral, corridas partidárias, promoção de slogans e uma plataforma de relações públicas, entretanto, o esporte, como em qualquer outra parte da vida, não pode ficar parado e observar os assuntos de guerra, agressão e morte. Todos devem lutar contra o mal, independentemente de sua ocupação. O mal deve ser punido em todas as plataformas disponíveis para a sociedade. “

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