Na tardr deste sábado (5), o Ceará enfrentou seu maior rival, Fortaleza, na Arena Castelão, pela primeira vez na temporada 2022. O duelo foi válido pela 3ª rodada da Copa do Nordeste. O Vovô saiu na frente, com gol de Mendoza, mas tomou o empate em gol marcado por Moisés, dando números finais ao jogo.
Após o duelo, o técnico do Alvinegro, Tiago Nunes, participou de entrevista coletiva, analisou a atuação de sua equipe e comentou sobre a necessidade do clube de contratar atacantes
Sobre as substituições feitas no decorrer da partida
– A gente mudanças por cunho tático, técnico e físico. E naturalmente, as mudanças são visando planejamento de preparação, o que a gente vem construindo de tempo, carga de trabalho. A gente quer também oportunizar que a grande parcela dos atletas, no início de temporada joguem. Como falei anteriormente, é importante que atletas que nunca disputaram esse clássico, disputem, entendam como é, entendam o ritmo. Porque é um clássico decidido nos detalhes, mas que não define a temporada ainda, não define nenhum título – disse.
O que tirar de positivo desse jogo?
– O espírito de luta, de disposição, de batalha. A gente sabe que o futebol é feito de aspectos técnicos, táticos, físicos e comportamentais. Eu saio muito orgulhoso do meu time, hoje. Mesmo a gente não fazendo um jogo brilhante tecnicamente ou nos outros aspectos, a gente foi um time de luta, que representou com honra a camisa do Ceará. Foram 2 jogos fora de casa, com todas as intemperes que a gente tá passando nesse início de preparação. Atletas chegando, a gente reorganizando nosso elenco e tenho certeza que isso vai nos fortalecer para as próximas etapas – comentou.
O Ceará precisa de atacante?
– O Ceará e todas as equipes do Brasil precisam de atacantes. Hoje, atacante é artigo de luxo. Tem muitos atacantes que tem propaganda e não tem números. E tem muito atletas que tem números e não são tão marqueteiros, não são tão ovacionados pela opinião pública. Então a gente tá satisfeito com o grupo que tem. Os caras que trabalham comigo, são trabalhadores, são caras competitivos, que querem fazer gols, que buscam melhorar. Se vier novos jogadores, ótimo, se não vier também, eu tô satisfeito com os caras que trabalham comigo – explicou.
Dificuldades na preparação para o Clássico
– Além de não ter Messias, Fernando Sobral, ainda temos a questão do Bruno Pacheco, do Erick. Sim, é desafiador tentar equilibrar a questão de atletas que passaram por situação diferentes. Alguns atletas vem da situação do covid, tempo de parada longo. Outros ainda vem de lesão da temporada passada. Então temos alguns desafios importantes. Eu tenho repetido aí pra muita gente, que nós somos o time do canal. Muitas vezes não somos o time mais bonito, mais elegante. Não somos o time da moda, até porque o time da moda é de outro bairro. Nós somos o time que luta, que respeita, que trabalha, que se dedica. E se o torcedor acreditar em nós, a gente vai junto – finalizou.
Próximo compromisso
Em jogo atrasado da rodada de abertura, o Ceará volta a campo na próxima quarta-feira (9), às 19h30, na Arena Castelão, contra o Globo, do Rio Grande do Norte.