Automobilismo

Aston Martin homenageia Eddie Jordan e relembra raízes da equipe na Fórmula 1

Escuderia britânica faz tributo ao fundador

(Foto: Divulgação/@astonmartinf1)
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Não é todo dia que a história se faz presente na pista. Mas foi exatamente isso que aconteceu no GP da China de 2025. Em um gesto simbólico e carregado de emoção, a Aston Martin prestou homenagem a Eddie Jordan, fundador da equipe que deu origem à atual escuderia britânica. E, mais do que um tributo, foi uma reverência a um dos personagens mais carismáticos e irreverentes da Fórmula 1.

Eddie Jordan, que faleceu recentemente aos 76 anos, foi lembrado não apenas por sua trajetória como chefe de equipe, mas também por seu espírito ousado, apaixonado e desafiador — traços que moldaram a identidade da Jordan Grand Prix, time que ele criou do zero em 1991 e que deixou sua marca no esporte.

Adesivo especial e legado na pista

Durante o fim de semana em Xangai, os carros de Fernando Alonso e Lance Stroll carregaram um adesivo especial nas laterais da asa traseira e no chassi. O símbolo? Um trevo de três folhas — em referência às raízes irlandesas de Jordan — com uma das folhas formando um coração vermelho. Um detalhe simples, mas de impacto profundo para quem conhece a história.

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“Esse pequeno gesto representa muito para todos que passaram pela Jordan. Eddie era mais do que um chefe. Era um sonhador que acreditava que podia competir com os grandes. E fez isso”, comentou um engenheiro veterano da equipe, visivelmente emocionado nos boxes.

De Dublin para o mundo

Nascido em Dublin, na Irlanda, Eddie Jordan começou no automobilismo como piloto, mas foi nos bastidores que brilhou. Fundou a Jordan Grand Prix no início dos anos 90 e rapidamente chamou atenção por sua postura ousada — tanto na estratégia de corrida quanto nas cores vibrantes e campanhas publicitárias irreverentes.

Foi com a Jordan que Michael Schumacher estreou na Fórmula 1, em 1991. A equipe somou quatro vitórias na F1 e revelou talentos que mais tarde brilhariam em outras escuderias.

Transformações e continuidade

Após vender sua equipe em 2005, o DNA da Jordan passou por várias mãos e nomes: Midland, Spyker, Force India… até se tornar, em 2021, a atual Aston Martin. A base, no entanto, segue a mesma: a fábrica em Silverstone, que ainda hoje carrega o espírito combativo que Eddie implantou.

Mais do que resultados: um estilo de viver a Fórmula 1

Eddie Jordan era conhecido por sua autenticidade. De terno colorido no paddock, olhar atento e bom humor afiado, ele foi uma figura que rompeu com o estereótipo sisudo da categoria. Seu estilo irreverente e ao mesmo tempo visionário deixou uma marca que vai além das estatísticas.

A homenagem da Aston Martin, portanto, é um reencontro com suas origens. Um lembrete de que a Fórmula 1 também é feita de pessoas que ousam sonhar — e que transformam esses sonhos em equipes, vitórias e histórias memoráveis.

Uma despedida à altura de sua grandeza

Com a morte de Eddie Jordan, o automobilismo perdeu uma de suas almas mais vibrantes. Mas sua herança segue acelerando. A cada vez que os carros da Aston Martin entrarem na pista, será impossível não lembrar do homem que acreditou que poderia competir com os gigantes — e conseguiu.

Eddie Jordan pode ter nos deixado, mas seu espírito segue a toda velocidade no coração da F1.

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