Atlético empata com Grêmio em jogo que foi “traído” pelo próprio bom futebol apresentado; entenda

A chamada “rodada da morte”, com confrontos entre os seis primeiros times do Brasileirão, começou já com o Atlético (3°) encarando o Grêmio (6°) na Arena do Grêmio. O Galo não vencia na capital gaúcha há 7 anos, e o Grêmio não perdia em casa há 18 jogos. Mesmo assim, o alvinegro foi ao sul, se impôs e poderia ter saído com a vitória, que seria fundamental para a briga pelo título, mas acabou sofrendo o empate já nos minutos finais. Com isso, muitos entenderam que apesar das circunstâncias que antecediam a partida, na qual um empate não seria ruim, as circunstâncias criadas durante a partida, deixaram uma sensação de que o Galo perdeu pontos.

O Atlético foi melhor no primeiro tempo e teve algumas oportunidades de abrir o placar. Mas só conseguiu após linda jogada entre Keno, Vargas e Arana, que terminou em pênalti, convertido por Hyoran. A escalação de Sampaoli não surpreendeu muito por escalar três zagueiros, à final, ele quase sempre escalou assim quando enfrentou equipes da parte de cima da tabela. Mas surpreendeu com a forma que o time se postou, com Réver e Rabello na defesa, Alonso de lateral-esquerdo e Guilherme Arana de meia. Com isso, o Galo conseguiu fazer a diferença na primeira etapa e pressionar mais o tricolor, que errou muito na saída de bola. Talvez sem a “surpresa” de Sampaoli, o desempenho não tivesse sido tão bom.

Na segunda etapa, Renato Gaúcho concertou o Grêmio com algumas alterações, mesmo assim o Galo ainda conseguiu criar e poderia ter ampliado, mas deixou o tricolor crescer na partida. Se as substituições de Renato deram certo (principalmente com Everton, que marcou o gol de empate), as de Sampaoli não funcionaram. Todos os jogadores atleticanos que saíram do banco, entraram mal na partida, o que também contribuiu para o tricolor crescer na partida e chegar ao empate.

No fim, empate no placar, Atlético e Sampaoli criticados. O técnico argentino foi criticado por colocar o jovem Dylan Borrero em campo, jogador que às vezes nem figura no banco de reservas, mas que hoje recebeu a chance e, de todos que entraram mal, foi ele quem entrou pior. Apesar desse “erro”, qualquer outro jogador poderia ter entrado tão mal quanto o jovem colombiano, o que não configura culpa de Sampaoli no empate.

Já o Atlético, como já explicado, ficou a sensação de que perdeu dois pontos. Mas independente do jogo que o Galo fez, que deixou a impressão de que poderia ter vencido, um empate com o Grêmio na Arena não é nada para se lamentar. O alvinegro poucas vezes venceu o Grêmio no sul em toda a história da instituição, vem do tabu de sete anos sem vencê-los no sul e ainda encarou um Grêmio que não perde em casa. Dentro dessas circunstâncias, o empate não pode ser lamentado. Até porque, em um mundo de simulação de resultados e “lógico”, uma vitória do Atlético na Arena não foi pensada, mesmo brigando pelo título.

O Galo agora tem uma sequência sem adversários diretos, só volta a enfrentar um (Palmeiras) na última rodada e se agarra à isso para buscar o título, à final é justamente contra esses clubes que o alvinegro se sai melhor.