O Atlético Mineiro recebeu pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena MRV, o Atlético – GO e não venceu. Esbarrou na falta de criatividade e perdeu dois pontos na disputa do título, com o empate com a equipe goiana. Luiz Fernando marcou para os visitantes e, sempre ele, Paulinho anotou o quinto gol no Brasileirão, e o 14ª tento em casa, em 23 partidas, para igualar o marcador.
Como já há muito debatido, as inúmeras ausências seriam, e foram, fator primordial para a ineficiência mineira. Mas, o Dragão que não tem nada com isso, foi a Belo Horizonte explorar as deficiências do Galo. E, adicionado a isso, o ímpeto da equipe do Atlético – GO estava também no fato de que as únicas vitórias que conquistaram no campeonato, foram longe de Goiânia.
Os 39.767 torcedores que foram a Arena MRV, viram as expectativas além das adversidades se frustrarem. A posse de bola não se refletia em perigo ao gol adversário. O treinador Gabriel Milito lançara uma equipe com os usuais três zagueiros e um meio de campo recheado, mas pouco criativo. Apenas a dobradinha entre Palacios e Paulinho eram válvula de escape, mas nada além disso.
Quando o clube mineiro começava se encontrar na partida, sofreu um belo gol em uma enfiada de bola do zagueiro Lucas Kal para o bom atacante Luiz Fernando, que cravou, na saída do goleiro Matheus Mendes, por cobertura, aos dez minutos do primeiro tempo.
O Galo parecia sentir o gol e não progredia ofensivamente. Aos quinze minutos, sofreu com outra jogada de perigo em uma cabeçada do zagueiro Guilherme Romão, para grande intervenção do arqueiro mineiro.
Paulinho e Palacios continuavam a ser o melhor escape mineiro e foi assim que o gol aconteceu. Eles tentavam se entender pelo lado direito e, quando o iluminado Paulinho recebeu a bola pelo meio, encontrou Palacios e passou para receber, teve ajuda do zagueiro adversário. Lucas Kal deu uma assistência às avessas, no embate com o colombiano de 21 anos e deixou Paulinho em condição de anotar o quinto gol dele no Campeonato Brasileiro; agora ele é artilheiro da competição.
A partir daí, o jogo foi de alguma trocação. O time goiano resistia às ofensivas mineiras e explorava os contra ataques. Shaylon recebeu livre dentro da área e escorou contra um já vendido Matheus Mendes. Quando via a bola tocar o barbante, Igor Rabello apareceu, em um milagre, impedindo o segundo gol, com um desvio em cima da linha.
Na sequência, Shaylon encontro Emiliano livre, em posição ajustada, que chutou para fora.
Já aos 37 minutos, Matheus Mendes apareceu novamente em um chute forte de Maguinho de fora da área.
Com exceção de um chute em uma cobrança de falta de Hulk, o Atlético parecia perdido.
O segundo tempo começou e a tônica foi a mesma. O alvinegro tinha a bola, mas não era efetivo. O atacante Hulk, dono de 104 gols com a camisa atleticana, cresceu na partida, mas com o sumiço de Paulinho e Palacios, melhor marcados, estava sozinho. Tentava cair por todos os lados do campo, no entanto, foi apenas em uma nova cobrança de falta que foi efetivamente perigoso. Exigiu grande defesa do arqueiro goiano e só.
Com os desfalques, o treinador Gabriel Milito não tinha muitas opções para revitalizar a equipe e, por isso, talvez, tenha demorado tanto para fazer substituições. Aos 22 minutos da segunda etapa, lançou mão de Pedrinho, para a saída de Paulo Vitor.
Em tese, com um time ainda mais ofensivo, a tentativa de dar dinâmica ao ataque falhou. Funcionou como fato novo por alguns instantes, mas nada além disso. O jogo perdia intensidade com o time goiano se postando defensivamente para explorar ainda mais os contra ataques, mas sem sucesso. Esperava o Galo que rodava a bola de um lado para o outro sem saber o que fazer. E que de fato não soube. Os quase 70% de posse de bola do time completamente remendado, sem grandes alternativas no banco, não foi o suficiente para virar a partida.
O Clube Atlético Mineiro empatou em casa, num péssimo resultado visando o título do Campeonato Brasileiro. Agora, cabe ao treinador encontrar opções para uma virada de chave. Gabriel Milito tem até quarta-feira para transformar o Galo em um time mais incisivo, com mais ideias no terço final do campo. Pois na quarta-feira enfrenta um rival histórico, que lidera o campeonato. E se ainda tem pretensões de ganhar o Brasileirão, precisa vencer, pois a distância para o Flamengo pode chegar a 9 pontos se os cariocas vencerem o Cruzeiro, no fim de domingo.
