Automobilismo

Ator da Marvel vira acionista de equipe de Formula 1

@vancityreynolds

O ator Ryan Reynolds, de filmes como Lanterna Verde e Free Guy, mas notoriamente conhecido por interpretar o anti-herói da Marvel, Deadpool, nos cinemas, comprou 24% das ações da equipe francesa Alpine, que é de administração da gigante montadora Renault.

Um notório investidor em esportes, Reynolds é sócio proprietário do clube galês Wrexham, que competia na quinta divisão inglesa. Ao comprar o clube britânico, o ator criou uma série que contava o dia a dia do clube, atraiu grandes patrocinadores como o TikTok, e criou uma boa base de fãs espalhados pelo mundo.

Bem vindo ao Wrexham é uma série do serviço de streaming Star+ que conta a trajetória do pequeno time galês nas divisões menores, e todos os desafios de administrar um clube fora das “elites da bola.”

A série é um sucesso e deu um retorno financeiro e de audiência bastante interessante para o grupo de acionistas donos do clube, que tem o astro hollyoodiano como um dos “cabeças.”

Líder da Maximum Effort, junto do também ator Rob McElhenney, se juntaram ao consórcio da RedBird Capital Partners e da Otro Capital para a compra de 24% das ações da equipe francesa.

A operação foi concluída com valores de € 200 milhões (R$ 1 bilhão), onde o grupo avaliou a equipe com sede em Enstone, na Grã-Bretanha em $900 milhões (R$4,3 bilhões).

Animados com a compra, e com ambições de voltar a brigar por vitórias e títulos, a Renault afirmou que:

“A Alpine se beneficiará da experiência coletiva do grupo de investidores e do histórico na indústria esportiva, incluindo mídia, patrocínio, bilheteria, hospitalidade, gerenciamento de direitos comerciais, licenciamento e estratégias de merchandising para desbloquear a criação de valor incremental e novas alavancas de crescimento.”

“O grupo de investidores tem um forte histórico de construção de empresas com parceiros reconhecidos, como Dallas Cowboys, Fenway Sports Group, NFL, Toulouse FC e Wrexham AFC. A equipe Alpine F1 também se beneficiará da experiência do Investor Group em dados e tecnologia, principais facilitadores de marketing e desempenho comercial”.

O CEO da Alpine, Lauretin Rossi ficou contente com a compra, pois segundo ele, os investimentos vindo dessa união serão de boa ajuda para bater as metas da equipe e ajudará a desenvolver carros realmente competitivos para enfim brigar no topo de cima da tabela.

As declarações de Rossi foram as seguintes:

“Primeiro, Otro Capital, RedBird Capital Partners e Maximum Effort Investments, como players internacionais com forte histórico na indústria esportiva, trarão sua reconhecida experiência para impulsionar nossa estratégia de mídia e marketing, essencial para apoiar nosso desempenho esportivo no longo prazo.”

“Em segundo lugar, a receita incremental gerada será, por sua vez, reinvestida na equipe, a fim de acelerar ainda mais nosso plano Mountain Climber, com o objetivo de alcançar as melhores equipes em termos de instalações e equipamentos de última geração”.

Iniciando sua vida como Toleman, depois sendo sucedida pela espetacular Benetton, que foi bicampeã de pilotos em 1994 e 1995, e campeã de construtores em 1995, virou a Renault em 2002, sendo também bicampeã de pilotos e dessa vez também bicampeã de construtores, com ambas as conquistas sendo em 2005 e 2006.”

Após um período de altos e baixos entre 2007 á 2011, a equipe se tornou lotus e fez dois bons anos: 2012 e 2013, mas, devido a problemas financeiros, a equipe voltou ao controle da Renault em 2016, sem o mesmo sucesso dos anos 2000, com apenas dois pódios, ambos com Daniel Ricciardo em 2020.

Mesmo com um piloto de ponta, a equipe francesa jamais saiu do meio do pelotão e em 2021 se tornou Alpine, a marca oficial de corridas da Renault. Desde que virou Alpine, seguiu no meio do pelotão, somando mais pódios do que na época de Renault, e conquistando uma mais que surpreendente vitória no GP da Hungria de 2021, com Esteban Ocon.

Tentou resgatar a parceria vitoriosa com Fernando Alonso, mas sem sucesso, trouxe o promissor Pierre Gasly para ser parceiro de Ocon, e se estabeleceu na briga para ser a quarta força do Grid, empatada com a Ferrari, e sempre sendo presença cativa nos pontos e sempre figurando bem em qualificações e pódios.

Talvez, com a mídia e o investimento recebido, a equipe francesa possa nós próximos anos voltar a ser a grande força que era nos anos 2000, e quem sabe, sonhar com vitórias recorrentes e contundentes, e títulos mundiais de pilotos e construtores.

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