Audiência pública debaterá venda de bebidas alcoólicas nos estádios gaúchos

O retorno das bebidas alcoólicas aos estádios do Rio Grande do Sul voltará a ser debatida pela Assembleia Legislativa do estado. Na próxima segunda-feira (21), às 10h, no Plenarinho ocorrerá uma audiência pública para tratar da PL 66/2021, que faz referência a reautorização da comercialização de bebidas alcoólicas nos eventos esportivos futebolísticos.

A proposta do projeto de lei é conjunta dos deputados Giuseppe Riesgo (NOVO), Fábio Ostermann (NOVO), Gaúcho da Geral (PSD), Marcus Vinícius de Almeida (Progressistas) e Sérgio Turra (Progressistas). Através deles se organizou a audiência, que contará, também, com representantes dos clubes gaúchos e autoridades da área de segurança.

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A proposta prevê a venda em pontos específicos dos estádios de futebol, sendo que o teor alcoólico não poderá ultrapassar 14%. Terão ainda avisos gráficos e sonoros alertando para os malefícios do consumo excessivo, visando uma liberdade com responsabilidade por parte dos torcedores. Isso tudo será levado para debate na audiência.

Para o deputado Marcus Vinícius (Progressistas), um dos idealizadores da proposta que entrará em audiência, a liberação da comercialização de bebidas alcoólicas não será um subsídio para proliferação da violência nos estádios. A defesa do político, sobre isso, é a própria falta de dados estatísticos que comprovem a diminuição de casos assim após a proibição da comercialização.

– Não há qualquer estatística que mostre redução da violência desde que a proibição passou a vigorar. Por outro lado, a liberdade econômica foi esmagada. Queremos dar a oportunidade dos clubes de futebol, sobretudo os do interior, de provarem isso a sociedade – disse o deputado Marcus Vinícius, que levará isso para debate na audiência pública.

Atualmente, 13 estados do Brasil contam com autorização de bebidas alcoólicas dentro dos estádios. Em 2018, chegou a ser aprovado na Assembleia Legislativa a volta de comercialização no Rio Grande do Sul, mas foi vetado pelo governador Eduardo Leite, após apelo da Brigada Militar, que também estará presente na audiência.