A NFL continuará a primeira semana da temporada 2020 neste domingo e o Cleveland Browns fará a sua estreia diante do Baltimore Ravens. Mesmo antes da realização do jogo, um fator já vem causando polêmica. O quarterback do Browns, Baker Mayfield anunciou no dia anterior ao duelo que não ajoelhará durante a execução do hino nacional.
O ato de se ajoelhar durante o hino virou uma manifestações contra o racismo e a violência contra pessoas negras. Apesar de ter anunciado em junho que não teria problemas em se juntar aos outros companheiros, o quarterback dos Browns voltou atrás e disse que está ao lado dos companheiros na luta contra preconceito, mas “que um gesto como ajoelhar-se só criará mais divisão ou discussão sobre o gesto, ao invés de ser uma solução para os problemas de nosso país”.
Os protestos durante a realização do hino está acontecendo desde a morte de George Floyd por um policial branco. A NBA foi a principal competição onde as manifestações aconteceram, mas cada esporte buscou sua maneira de protestar pela mesma causa. Outros casos aconteceram como a morte de Breonna Taylor e os covardes tiros disparados contra Jacob Blake e causaram até a suspensão de confrontos dos playoffs da liga norte-americana de basquete.
Na abertura da temporada 2020, Chiefs e Texans protagonizaram protestos de diversas formas como braços cruzados, Houston optou por ficar no vestiário durante o hino, mas apenas Alex Okafor, de Kansas City, que se ajoelhou. Nesta semana também os jogadores do Dolphins publicaram um vídeo criticando os “gestos fofos e vazios”.
CONFIRA O PRONUNCIAMENTO COMPLETO DE BAKER MAYFIELD
— Depois de assistir o jogo de quinta e o vídeo dos jogadores dos Dolphins, entendi que não é sobre ficar em pé ou ajoelhar-se durante o hino nacional. Mas, em vez disso, nos reunindo e agindo para criar uma mudança real.
Também depois de ler muitas mensagens ao longos das últimas semanas, me mostrado que um gesto como ajoelhar-se só criará mais divisão ou discussão sobre o gesto, ao invés de ser uma solução para os problemas de nosso país. Sendo assim, eu escolhi em ficar em pé durante os hinos para mostrar respeito, amor e união a todos os envolvidos.
Eu respeito meus companheiros não importam as suas decisões. Nós temos tido significativas discussões sobre o que realmente pode mudar e essa mudança terá que ser de todos nós juntos. Meu coração está ainda mais ardente do que há um mês, pelo fato de não estarmos perto de estar onde nosso país precisa estar. Eu amo este país, mas esses desafios e adversidades são uma oportunidade para uma mudança tão necessária para questões que vêm acontecendo há muito tempo. Tudo se resumirá a como lidamos com as adversidades e aproveitando nossas oportunidades.
Estou postando isso agora, então não é uma discussão no dia do jogo. E assim a discussão pode continuar a ser sobre como melhorar nosso país, ao invés de nos dividir. Nossa equipe está pronta para lutar por nossos objetivos dentro e fora de campo. —
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