Red Bull Bragantino

Barbieri destaca disposição do Braga, mas lamenta falta de efetividade

Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

O Red Bull Bragantino ficou no empate em 1 a 1 com a equipe do Goiás, no Estádio Nabi Abi Chedid, na manhã deste domingo, 18, em jogo válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022. Mauricio Barbieri, treinador do Red Bull Bragantino, fez uma análise da atuação do Braga e também comentou à respeito do atacante Werick Popó, que fez sua estreia pelo Massa Bruta no jogo de hoje.

“Acho que a gente fez um jogo em que procuramos o gol a todo instante. Geramos um grande número de finalizações, boas oportunidades, mas faltou sermos eficientes na conclusão. O Goiás praticamente não criou absolutamente nada, acabou fazendo um gol em um lance de pênalti, que eu não revi. É um momento ruim, difícil para todos nós. Os jogadores tem se dedicado, buscado, se aplicado no treinamento. Temos tentado buscar as soluções diferentes, mas é uma fase difícil. É um momento em que a gente tem que, cada vez mais, ter atenção naquilo podemos fazer. É treino, buscar melhorar, encontrar alternativas ou então o crescimento pessoal ou coletivo da equipe, para que a gente consiga sair dessa situação que vem acontecendo com a gente nesse momento, mas temos que ter calma para reverter esse quadro”, afirmou o treinador.

“Em relação ao Popó, ele pediu para sair. Eu conversei com ele no intervalo que precisava de um pouco mais de intensidade, dele ajudar um pouco mais na marcação. Até no momento de escolher o Popó pelo Gabriel, existia uma dúvida se ele aguentaria o ritmo pelo tempo que está sem jogar e tudo mais. Mais ou menos com 30 minutos, ele pediu para sair e eu coloquei o Gabriel. Ele teve bons momentos, ainda tem coisas para ajustar. Está nesse processo de adaptação e desenvolvimento ainda. Espero que esses 30 minutos possam virar 45, depois 60, 70 e que ele possa estar cada vez mais pronto para nos ajudar”, completou.

O treinador do Massa Bruta também falou sobre os cantos homofóbicos da torcida do Braga que estavam sendo dirigidos ao atacante Pedro Raul que aconteceram durante a partida. O treinador deu sua opinião sobre o fato, mas admitiu não ter escutado de fato os insultos ao atleta do time adversário.

“Difícil para mim falar sobre as ofensas homofóbicas da torcida porque eu não vi ou ouvi. Sou absolutamente contra. Acho que a gente vive em um tempo e em uma sociedade que não tem mais espaço para isso. Infelizmente, carregamos uma herança cultural, que já vem de uma década atrás. Isso era tratado como uma uma brincadeira e visto com normalidade, mas acho que é momento disso acabar, se é que aconteceu, já que eu não ouvi”, reforçou o comandante.

Barbieri
Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

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Perguntado sobre o atacante Artur, Barbieri destacou a importância do atleta e mencionou alguns fatores que possam estar atrapalhando o camisa 7 neste momento difícil.

O Artur é importantíssimo para nós pela capacidade que ele tem de desequilíbrio, de gerar ocasiões, prender adversários, e com isso, abrir espaço para os companheiros. Ele vem tendo um ano diferente, difícil, e a gente tem conversado bastante sobre isso. Ele tem se esforçado demais, batalhado e tentado de tudo. O que está faltando para ele é fazer a bola entrar com mais frequência, porque ele fez um gol contra o Palmeiras e hoje ele teve boas oportunidades. Talvez essa ansiedade e esse sentimento de querer dar um basta nesse momento esteja atrapalhando um pouquinho, mas faz parte do amadurecimento e do desenvolvimento dele como jogador”, falou Barbieri.

O próximo compromisso do Red Bull Bragantino está marcado para o dia 28 de setembro, quarta-feira, contra o Internacional, no Beira-Rio, às 21h45 (horário de Brasília). Pensando neste jogo, Barbieri falou sobre a importância deste intervalo de tempo para trabalhar e revelou o que fará neste intervalo de tempo entre uma partida e outra.

“Acho que 10 dias é um tempo bom, mas não podemos esquecer que o Inter também vai ter este mesmo período. É o cenário que qualquer treinador gostaria de ter para trabalhar, mesmo que perca o ritmo de jogo, mas como o adversário estará no mesmo lugar, creio que isso seja ponto pacífico”, destacou o técnico.

“A gente tem tentado conversar, mostrado vídeos, treinado finalizações, feito palestras, treinado questões defensivas, parte de posicionamento na área em cruzamentos, tudo isso nós temos tentado. Os jogadores têm se dedicado e tentado fazer as coisas, mas vindo para cá, não temos conseguido dar a resposta que a torcida espera, a situação também não está confortável para nós. Vou seguir atacando todas as frentes com vídeo, trabalho, determinação, estudando bastante o Inter e tentar melhorar para o próximo jogo para que a gente consiga ser mais efetivo”, pontuou.

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