O Vasco venceu o Nova Iguaçu por 2 a 0 na última terça-feira (7) e protagonizou uma atuação que convenceu seu torcedor. Ainda assim, ainda há críticas por partes da torcida em alguns quesitos, como por exemplo, a titularidade de Nenê. Maurício Barbieri comentou sobre isso em sua coletiva pós-jogo e também falou sobre a postura que podemos esperar do Vasco nos jogos.
Muito questionado por seu rendimento e sempre com a questão física sendo um ponto negativo, Nenê já não é mais unanimidade na torcida do Vasco. Apesar de alguns gols marcados no início de 2023, a maioria dos vascaínos entende que um time sem o camisa 10 poderia fluir melhor. No entanto, Barbieri pensa diferente e explicou porque voltou a utilizar o jogador como titular diante do Nova Iguaçu.
“Todo torcedor tem direito à sua opinião, mas nem sempre eles tem razão. A escolha pelo Nenê foi porque ele tinha saído por conta de um cuidado com as questões físicas. Ele vinha atuando bem, vinha fazendo gols e ajudando o time, assim como fez hoje. E eu, por coerência, mantive ele no time assim que ele teve condições de voltar. Ele é um jogador que tem uma capacidade de desequilíbrio muito grande quando joga próximo ao gol, tem um entendimento com os outros atacantes. Acho que ele fez mais uma boa partida e fico feliz de poder contar com ele nesse momento.”
“A ideia do Nenê jogar próximo ao Pedro Raul não significa que ele não tenha essa função de criação. E o Nenê por característica tende a cair mais pelo lado direito, onde ele se sente à vontade. Eu acho que tivemos um primeiro tempo bem intenso, não deixamos o adversário finalizar uma bola no gol. E a dificuldade que a gente tava tendo está mais liga à postura do Nova Iguaçu. Eles abaixavam as linhas e formavam uma linha de 5, mas, ainda assim, nós conseguimos criar algumas oportunidades.” – finalizou.
Aos poucos, temos visto um Vasco cada vez mais com a cara de Barbieri, sendo aquela equipe que prova o adversário de jogar e impõe seu ritmo através da agressividade/intensidade. O treinador explicou um pouco sobre o que quer que o Cruzmaltino faça durante as partidas.
“A ideia é não deixar o adversário confortável. Basicamente existem duas maneiras de atuar: uma é esperar o erro do adversário e a outra é forçar o erro. E dentro dessa questão de forçar o erro você também tem diferentes soluções e diferentes estratégias. Nesse primeiro momento nosso objetivo é manter essa postura intensa e agressiva, não deixar o adversário cômodo pra criar e por isso é importante que o bloco esteja sempre compactado para que possa realizar coberturas próximas.”
Para finalizar, também houve o já registrado elogio à torcida do Vasco. Mesmo com o jogo sendo realizado em Brasília, Barbieri confessou que os vascaínos presentes resgataram o ótimo ambiente de São Januário e foram, mais uma vez, importantes para o resultado.
“A recepção foi fantástica. O ambiente/clima do estádio que a torcida promoveu pra nós é motivo de satisfação, orgulho. É um estímulo à mais pra gente retribuir no campo.”