Conmebol Libertadores

BO aponta dispensa da polícia e crimes praticados por seis jogadores e um funcionário do Boca Juniors

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Foto: Reprodução/Fox Sports
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Após serem eliminados da Copa Libertadores nas penalidades contra o Atlético-MG na noite dessa terça-feira (20), a delegação do Boca Juniors protagonizou uma confusão generalizada no corredor de acesso aos vestiários do Mineirão. Alguns vídeos divulgados nas redes sociais mostram agressões e lançamento de objetos por parte de jogadores e comissão argentina, que tiveram que ser contidos pela Polícia Militar (PMMG) com spray de pimenta.

O Boca Juniors havia planejado um voo de volta para a Argentina logo após o jogo, porém, tiveram que mudar os planos, virando a noite na delegacia de polícia, onde se encontram ainda na manhã desta quarta-feira (21). O boletim de ocorrência foi divulgado pelo jornalista Paulo Azavedo, da TV Horizonte.

No boletim, consta que, ao final da partida, iniciou-se uma briga generalizada na zona mista do Mineirão, entre jogadores do Boca Juniors e seguranças do Atlético-MG. A polícia foi acionada pelo clube mineiro e pelos funcionários também de segurança do estádio. Os jogadores do Boca Juniors arremessaram vários objetos contra os segurança, como grades, lixeira, bebedouro e garrafas contra os funcionários do Mineirão e do Galo, fazendo o mesmo, posteriormente, com os policiais.

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Ao lançar spray de pimenta para que os jogadores e comissão fossem para o seu vestiário, o defensor Carlos Zombrano deu uma cusparada contra o soldado Viana e outra que acertou o peito do sargento Bernardo, conforme foi observado nas câmeras do circuito interno do Mineirão.

Depois disso, segundo o boletim, os ânimos se tranquilizaram, porém, ao checar todas as imagens captadas pelas câmeras do Mineirão, foram identificados os possíveis agressores contra os seguranças e funcionários, danos contra o patrimônio do estádio e o desacato contra os policiais. Foram sete entre jogadores e funcionários do Boca Juniors no total, sendo todos conduzidos à presença da autoridade de polícia judiciária.

Conforme consta no BO, as imagens apontaram:

  • O atacante Sebastian Villa arremessou um bebedouro contra os seguranças e funcionários;
  • O ponta-esquerda Pavon lançou um bebedouro contra os seguranças, funcionários e policiais;
  • O funcionário do Boca Juniors, Araújo, deu um soco no rosto de um dos seguranças;
  • Os jogadores González e Rojo agrediram seguranças e funcionários;
  • O atacante Noberto Briasco agrediu um funcionário do Atlético-MG e tentou estocá-lo com uma barra de ferro retirada do estádio;
  • O zagueiro Carlos Zambrano cuspiu nos policiais.

Vale ressaltar que após as referidas agressões, Rojo pegou um extintor de incêndio na porta do vestiário do Atlético-MG, porém não foi visto o lançamento do objeto.

Foram 13 vítimas, entre seguranças do Atlético-MG e funcionários do Mineirão, que relataram terem sido agredidos por jogadores e representantes da delegação do Boca Juniors. As mesmas foram orientadas a procurar a delegacia responsável pelo recebimento da ocorrência e solicitar a guia para realizar exame de corpo de delito.

Quanto aos danos no estádio, foram verificados, á princípio, as seguintes depredações:

  • Quatro portas de madeira;
  • Dois dispenser de álcool em gel;
  • Dois bebedouros.

Os jogadores e integrantes da comissão técnica do Boca Juniors ainda estão em Belo Horizonte para prestar depoimento por causa da confusão de ontem.

Foto: Twitter/Paulo Azavedo

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Veja vídeos da confusão que circulam nas redes sociais:

Dispensa dos policiais

No BO, também consta que o delegado responsável pela segurança do jogo entre Atlético-MG e Boca Juniors, Fábio Marcel Nogueira, foi até o comandante do policiamento do evento, Capitão Tomás, e dispensou o efetivo policial escalado para a cobertura da partida. Segundo o documento, foi alegado que, pelo regulamento da competição e protocolo da entidade, somente pessoas com teste negativo de Covid-19 em mãos poderia permanecer nas imediações do campo.

Além disso, conforme diz o BO, Fábio informou que havia acertado toda a questão da segurança interna do jogo em reunião com a Conmebol e que tanto a segurança dos árbitros quanto dos jogadores e demais envolvidos seria realizada por seguranças privados, contratados pelo Atlético-MG.

Mesmo assim, Capitão Tomás alertou sobre a possibilidade de haver um confronto, devido à rivalidade da partida e fatos de animosidade já ocorridos, porém, foi ratificado a orientação de que os policiais não poderiam permanecer nas imediações do gramado.

Assim, os policiais do batalhão de choque foram retirados do interior do estádio e encaminhados para o lado externo. A Polícia Miliar ressaltou no documento que escalou para a partida um pelotão de desinterdição e um outro grupamento responsável pela segurança da arbitragem da partida, porém os mesmos foram retirados por conta do protocolo da Conmebol.

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