O Brasil lutou, tentou, buscou a vitória, mas acabou eliminada para o Canadá, nas quartas de final do Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Após o jogo e a prorrogação terminar sem alteração no placar, a classificação foi definida nos pênaltis, com as canadenses vencendo por 4 a 3. A goleira Labbé defendeu as cobranças de Andressa Alves e Rafaella, se transformando no grande nome da partida. Bárbara chegou a pegar uma penalidade, mas não foi o suficiente.
A Seleção Brasileira, desde que Pia Sundhage assumiu o comando técnico, jamais havia perdido para o Canadá, somando duas vitórias e dois empates. Seguiu sem perder, porém deu adeus ao sonho olímpico. O Canadá agora aguarda o vencer de EUA e Holanda, que jogam às 8h (horário de Brasília), em Yokohama.
O JOGO
O equilíbrio foi a tônica do primeiro tempo. Por se tratar de um jogo eliminatório, as equipes evitaram se arriscar, sempre apostando no erro da adversária. Foi dessa forma que o Brasil teve a sua melhor chance. A canadense Lawrence se enrolou com a bola, Debinha recuperou, entrou cara a cara com a Labbé, mas finalizou em cima da goleira. O Canadá chegou a construir mais oportunidades, mas sem tanto perigo contra a meta de Bárbara. De mais emocionante na primeira etapa, um chamado do VAR para analisar um possível pênalti em Duda, descartado pela arbitragem
No segundo tempo, o Brasil teve a posse de bola e se soltou um pouco mais. Pia Sundhage colocou Ludmila para dar velocidade ao time, porém o sistema defensivo do Canadá levou a melhor na maior parte das vezes. Inclusive, a zagueira Gilles, foi quem teve a melhor chance, ao cabecear uma bola no travessão. O ímpeto brasileiro se mostrou ineficaz e o gol foi tentado na base do “abafa”, mas sem sucesso
A PRORROGAÇÃO
Apesar do desgaste físico, o Brasil continuou tentando propor o jogo, enquanto o Canadá continuou marcando no campo de defesa, buscando sair no contra-ataque. A Seleção Brasileira cercava a área canadense, mas sem conseguir finalizar. A goleira adversária só trabalhou em cruzamentos na área sem perigo. Melhor fisicamente, o Canadá mudou um pouco a postura na etapa final da prorrogação e começou a sair mais para o jogo. Com isso, a Seleção Brasileira conseguiu mais espaço e quase chegou ao gol com Érika, que obrigou Labbé a fazer grande defesa. A classificação seria definida nas penalidades.
OS PÊNALTIS
A Canadá abriu as cobranças com Sinclair, mas Bárbara pegou a penalidade. Marta cobrou na sequência e colocou o Brasil na frente. Fleming converteu, apesar da goleira brasileira ter acertado o canto. A segunda batida brasileira foi de Debinha, que fez. Lawrence, em seguida, marcou. Érika, que teve a melhor chance na prorrogação, dessa vez fez o gol, com extrema categoria. Leon, também deixou o dela. Andressa Alves, que marcou o gol da vitória sobre Zâmbia, teve o pênalti defendido por Labbé. Gilles bateu firme e empatou a série. Raffaelle, na penalidade decisiva, acabou perdendo, transformando Labbé na heroína da partida. Canadá vence por 4 a 3 e está na semifinal.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 0 (3) X (4) 0 CANADÁ
Data/hora: sexta-feira (30), às 05h (horário de Brasília)
Local: Estádio de Miyagi, em Miyagi (JAP)
Arbitro: Stephanie Frappart (FRA)
Cartões amarelos: Duda e Ludmila (Brasil); Lawrence e Riviere (Canadá)
Brasil: Bárbara; Bruna Benites, Érika, Rafaelle e Tamires; Duda (Andressa Alves), Formiga (Angelina), Andressinha e Marta; Bia Zaneratto (Ludmila) e Debinha Técnica: Pia Sundhage
Canadá: Labbé; Lawrence, Gilles, Buchanan e Chapman (Riviere); Scott, Fleming, Sinclair e Quinn (Grosso); Beckie (Leon) e Prince (Rose) (Huitema). Técnica: Bev Priestman