Brasil x França
A seleção brasileira feminina de futebol deu mais um grande passo nas Olimpíadas de Paris 2024 ao vencer as anfitriãs francesas pelo placar de 1 a 0. O gol da classificação foi marcado por Gabi Portilho, na reta final do segundo tempo.
Após se classificar como terceiro colocado do grupo, o Brasil chegava ao duelo contra a França, que foi primeiro lugar em seu grupo, nas quartas de final como azarão. As brasileiras superaram o favoritismo e a torcida das donas da casa para garantir uma classificação histórica a próxima fase. Com isso, as brasileiras seguem vivas numa disputa por medalha em Paris.
A partida foi marcada por um grande equilíbrio entre as equipes, com ambas tendo chances claras de marcar nas duas etapas do jogo. As francesas tiveram um pênalti marcado logo no início do primeiro, que, após grande tempo em análise no VAR, foi confirmado e defendido por Lorena, o grande destaque do Brasil nesta edição de Jogos Olímpicos. Ainda no primeiro tempo, após cobrança de escanteio a meio-campista Mbock cabeceou a bola no travessão e quase abriu o placar para a França.
Na volta da segunda etapa, o Brasil manteve a solidez defensiva e passou a trabalhar melhor as jogadas no campo de ataque, passando a criar mais chances de gol do que na primeira etapa. A zagueira Rafaelle, que vinha de atuando muito bem no jogo ao lado de sua dupla Tarciane, sentiu um desconforto na perna esquerda e teve de ser substituída pela lateral Tamires.
A primeira grande chance brasileira no jogo veio dos pés de Gabi Portilho, que desarmou a bola dos pés da zagueira francesa Renard e finalizou cruzado à direita do gol de Picaud. Foi também com a própria Gabi Portilho que o Brasil abriu o placar, aos 83 minutos, que aproveitou um momento de falta de entrosamento da marcação francesa para arrancar com a bola e deslocar a goleira francesa. Dos pés da artilheira do dia, ainda surgiu outra grande chance. Após subir as linhas para marcar a saída de bola da França, Gabi Portilho interceptou o passe de Constance Picaud e finalizou na trave, perdendo uma ótima oportunidade de matar o confronto.
A seleção brasileira feminina não disputava uma semifinal olímpica desde 2016, quando foi derrotada pela Suécia no Rio, e não conquista uma medalha desde 2008, quando foi prata em Pequim, sofrendo uma derrota para a seleção norte-americana na final.
O Brasil volta à campo contra a Espanha, que também garantiu sua classificação neste sábado (3), na terça-feira (6) às 16h do horário de Brasília. Confira abaixo como foi a partida das espanholas:
Espanha x Colômbia
No outro confronto da mesma chave da seleção brasileira, a Espanha confirmou seu favoritismo e avançou à semifinal. O placar final terminou empatado em 2 a 2, com a atual campeã mundial superando as colombianas nos pênaltis por 4 a 2.
Apesar do grande favoritismo na partida, a seleção espanhola estava sendo eliminada até os 97 minutos de jogo, quando a zagueira Irene Paredes apareceu para anotar o gol que salvou sua seleção.
A Colômbia cumpriu muito bem o que se propôs a fazer desde o início do jogo, que seria dar a posse para a seleção espanhola e explorar os contra-ataques em um jogo de transição em velocidade. As colombianas abriram o placar no primeiro tempo com finalização da centroavante Mayra Ramírez e ampliaram a vantagem no início do segundo tempo com sua camisa 10, Leicy Santos.
A seleção espanhola, que já demonstrava um alto volume de jogo, se viu obrigada a pressionar e se expor ainda mais no jogo, contando com uma boa participação da goleira Catalina Coll para evitar que a Colômbia liquidasse o resultado nos contra-ataques.
Foi somente aos 78 minutos que a pressão das espanholas finalmente se converteu em gol. Hermoso aproveitou o rebote da saída errada da goleira colombiana no cruzamento e finalizou de primeira dentro da área, diminuindo o placar. Nos acréscimos da partida, Paredes apareceu de surpresa na área, aproveitou o cruzamento de Salma Paralluelo, um dos destaques da partida, para empatar a partida.
Na prorrogação o cenário da partida continuou parecido com o restante do jogo, porém sem mais gols marcados. Nas penalidades, a Espanha converteu todas as suas cobranças, enquanto Usme e Salazar desperdiçaram a primeira e a terceira cobrança da seleção colombiana, respectivamente.
