Os pilotos brasileiros participantes do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E estão aguardando resultados mais favoráveis nas próximas etapas do evento.
No último sábado (16), no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo (SP), Lucas di Grassi (ABT Cupra) e Sérgio Sette Câmara (ERT Formula E Team) não conseguiram pontuar, terminando em 13º e 16º lugares, respectivamente.
O britânico Sam Bird (NEOM McLaren) foi o vencedor, ultrapassando o neozelandês Mitch Evans (Jaguar TCS Racing) na penúltima curva, após 34 voltas de E-Prix.
A corrida em São Paulo foi caracterizada por muitas ultrapassagens na pista de 2.930 metros e por altas temperaturas, atingindo até 35 graus, com uma sensação térmica ainda maior durante a tarde.
Até o momento, os pilotos brasileiros não tiveram desempenhos satisfatórios este ano na Fórmula E.
Sérgio Sette Câmara soma apenas dois pontos com sua ERT, enquanto Di Grassi ainda não pontuou em quatro etapas desde seu retorno à equipe da ABT Cupra.
”Espero estar aqui em outras ocasiões com um carro competitivo, lutando por um pódio e trazendo mais alegria para os torcedores. Sinceramente, este ano estou feliz com meu desempenho, ao contrário do ano passado”, disse Sérgio Sette Câmara. ”Quero lutar por pódios no futuro”.
Como mencionado anteriormente, a corrida foi uma das mais quentes do calendário, exigindo uma estratégia de gerenciamento de bateria devido ao calor do fim do verão brasileiro, o que pode ter afetado muitos resultados.
O campeão da terceira temporada, Lucas di Grassi, sugere aos organizadores uma corrida noturna ou no fim da tarde em São Paulo, caso a prova de 2025 seja novamente em março.
”Faz parte correr no calor. Tudo bem, acho que é pior para o público do que para nós. Se a bateria superaquece, afeta a todos. Quem gerencia melhor a bateria também tem uma vantagem”.
”A corrida aqui talvez devesse ser mais tarde. Talvez no final do dia, já que o Sambódromo tem iluminação. Talvez possamos até fazer uma corrida noturna. Acredito que há várias adaptações possíveis, inclusive poderíamos considerar um evento de dois dias, não apenas um”, acrescentou Lucas di Grassi.
A próxima etapa do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E será em Tóquio, no Japão, em 30 de março.
A competição dos carros elétricos está em sua décima temporada e ainda terá provas em Misano (Itália), Mônaco, Berlim (Alemanha), Xangai (China), Portland (EUA) e Londres (Inglaterra).
Público em São Paulo
O público presente nas arquibancadas do Sambódromo do Anhembi chegou a quase 20 mil pessoas, mesmo com os termômetros marcando 35 graus na capital paulista, uma das tardes mais quentes dos últimos anos segundo as autoridades locais.
O acesso à pista começou cedo, com os treinos livres pela manhã. O Metrô foi um dos parceiros da corrida nesta temporada, com vans levando o público da estação Portuguesa Tietê para o Sambódromo. Nas arquibancadas, muita animação para os 22 pilotos do grid.
Esta foi a segunda vez que a categoria máxima dos carros elétricos desembarcou no Brasil, e a história praticamente se repetiu na pista em relação a 2023. A Fórmula E está garantida em São Paulo (SP) por mais três temporadas.
O evento contou com a presença de ídolos do esporte, como Emerson Fittipaldi, Felipe Massa, Bernie Ecclestone (ex-chefe da Fórmula 1), Alejandro Agag (fundador da Fórmula E), o prefeito Ricardo Nunes e o presidente da SPTuris, Gustavo Pires. O DJ Bruno Martini encerrou a festa no pódio do Anhembi após a cerimônia dos vencedores, com muita música e a canção oficial da categoria lançada neste mês.
“A segunda edição em São Paulo mostrou uma grande evolução, permitindo ao público desfrutar de um dia inteiro de programação”.
”Além da competição automobilística e da discussão sobre mobilidade elétrica, a cidade passa a contar com mais um evento exclusivo e de qualidade, reforçando positivamente sua imagem no Brasil e no mundo”, disse Gustavo Pires, presidente da SPTuris – São Paulo Turismo.