Uma partida do campeonato “General Mamadi Doumbouya”, um torneio local da Guiné organizado pela junta militar do país, deixou ao menos 56 mortos por conta de uma briga generalizada. A tragédia aconteceu nos minutos finais da partida entre as equipes N’N’Zérékoré e Labé. A confusão começou dentro do estádio e rapidamente se espalhou para fora.
A tragédia aconteceu na cidade de Nzerekore, segunda maior do país. Segundo a agência “AFP”, o número de vítimas pode ser de muito mais do que foi noticiado e pode chegar a ser de cerca de 100″ pessoas, de acordo com um médico que estava presente no local.
Bah Oury, primeiro-ministro do país, condenou a violência por meio de um comunicado no X, antigo Twitter. Ele afirmou que “o governo lamenta os incidentes que mancharam a partida de futebol”. O mandatário pediu calma e enfatizou a importância de garantir que os serviços hospitalares prestem socorro às vítimas. Isso chocou e gerou uma onda de luto.
Segundo o jornalista Facely Konaté, o início da confusão aconteceu após o árbitro resetar uma expulsão para cartão amarelo. O estopim aconteceu aos 38 minutos da etapa final, quando o juiz assinalou um pênalti a favor do N’N’Zérékoré, o que gerou revolta nos torcedores.
A partida era válida por um torneio organizado pelajunta militar que governa a Guiné, que visa apoiar a candidatura de Mamady Doumbouya, presidente do país. Ele tomou o controle do governo do país em um golpe de estado e está considerando se candidatar nas próximas eleições previstas para 2025. A África Ocidental e Central é uma região que teve pelo menos oito golpes militares bem sucedidos nos últimos anos.