Seleção Brasileira

Bruno Guimarães fala sobre adaptação à Seleção Brasileira e reforça prestígio

Jogador do Newcastle fez um paralelo entre Dorival Júnior e Fernando Diniz

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Foto: Rafael Ribeiro | CBF
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Até o momento, Dorival Júnior comandou três treinos na Seleção Brasileira. Apesar do pouco tempo, o meio-campista Bruno Guimarães prevê uma rápida adaptação ao modelo de jogo do novo treinador. De acordo com o atleta, agora ele atuará de forma mais parecida como joga em seu clube. Sobre qual estilo é melhor ou prefere, entre o atual técnico e Fernando Diniz, o jogador fez uma comparação.

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– Eu acho que, apesar de serem dois treinadores que têm o lado ofensivo muito em prática no seu trabalho, são treinadores muito diferentes. O Diniz gosta de colocar praticamente todo o time do lado da bola. O Dorival já gosta de explorar os pontas no mano a mano, jogar em profundidade. Estamos tentando entender coisas que a gente faz no dia a dia também. O Diniz era um pouquinho mais diferente porque tem as suas particularidades, mas com o Dorival a gente já trabalhou bastante, vimos bastante vídeo do que ele gosta de fazer, linha de três, de quatro, coisas que ele está planejando – opinou.

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Com Dorival Júnior no comando, Bruno Guimarães pontuou que sua forma de jogar encaixa bem, pois faz coisas que está acostumado a realizar no Newcastle.

– Com o professor Dorival, (faço) coisas que pratico mais no dia a dia, que são importantes para mim, coisas que estou habituado a fazer no meu clube também. Daqui para frente vocês conseguirão ver o Bruno do Newcastle na seleção brasileira porque são coisas que a gente se acostuma a fazer mais no dia a dia – disse.

A Seleção Brasileira vem de três derrotas consecutivas, para para Uruguai, Colômbia e Argentina. No entanto, Bruno Guimarães acredita que o prestígio do Brasil segue o mesmo.

– Onde o Brasil estiver será favorito, por toda sua história, os grandes jogadores que teve, tudo o que representa em nível mundial. A seleção brasileira nunca vai perder prestígio. Eles (ingleses) não veem a hora de jogar contra o Brasil: “Caramba, será um grande jogo”. Eles estão querendo muito jogar esse jogo, assim como a gente. O prestígio a seleção brasileira jamais vai perder, são cinco mundiais, vamos em busca do sexto. É um projeto novo, estamos reformulando nossa seleção, acredito que ainda vamos dar muitos frutos pela frente – declarou.

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Apesar de não ter esboçado uma escalação até o momento, a tendência é que Bruno Guimarães seja titular contra a Inglaterra. O jogador foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira em 2020, desde então soma 20 partidas e esteve na última Copa do Mundo.

A Seleção Brasileira enfrenta a Inglaterra neste sábado (23), às 16h (de Brasília), em Wembley. E na próxima terça-feira (26), encara a Espanha, no Santiago Bernabéu.

Confira outras respostas de Bruno Guimarães

Como vai jogar com Dorival?

– Eu tive algumas conversas com o Dorival. Quando ele teve uma passagem aqui na Europa, a gente se encontrou, ele assistiu a dois jogos meus. Temos uma boa relação, conversamos bastante. Ele sabe que pode me usar de primeiro, segundo ou terceiro homem de meio. Ele ainda não definiu a forma que vai jogar, se com linha de três ou de quatro. Estamos treinando para as duas opções. Garanto que, se for atuar, vou atuar no meio de campo (risos).

Amistoso contra a Inglaterra

– Para eles é também a realização de um sonho. Eu jogo com o Gordon, também com o Tripier, que também é convocado normalmente, mas está machucado e por isso não foi convocado. Desde que saiu o amistoso eles falaram: “caramba, mal posso esperar, em Wembley”. Wembley é como se fosse o Maracanã para a gente, todos os ingressos se esgotaram rápido. Essa geração tem o potencial de ser a geração de ouro, tem muito talento, grandes jogadores. Acho que vai ser um grande jogo, apesar de ser amistoso todo mundo quer ganhar. Para os amantes do jogo será um grande espetáculo.

Wembley

– Para mim é especial, estive lá na temporada passada na final da Carabao Cup, infelizmente perdemos para o Manchester United. Me lembra até um pouco, por eles falarem, do Maracanã. De ter um sentimento especial, o melhor estádio, ter toda essa história, o campo é um tapete, vai ajudar bastante o espetáculo. São dois países gigantes, com muito bons jogadores, um palco especial. A gente espera ir lá, jogar bem e conseguir a vitória.

Adversários europeus

– São dois grandes testes, apesar de ser o primeiro jogo do professor Dorival, nossa primeira semana com ele. Estamos tentando mudar alguns conceitos, entender ideias que ele tem para a gente. Serão dois grandes jogos, dois grandes estádios, duas grandes seleções. A gente tem que aproveitar ao máximo o tempo que a gente tem, treinar ficar com a bola, fazer o jogo, acionar os pontas em condição de 1 x 1. Sabemos que temos grandes jogadores, vamos formar um grande time, estamos muito confiantes e felizes de poder dar continuidade no trabalho. É importante jogar contra um time de ponta, ainda mais nesse momento, perto da Copa América para nos prepararmos muito bem.

Escalação

– A gente ainda não sabe de verdade como a gente vai entrar, estamos nos preparando para duas ou três maneiras. Esperamos jogar bem coletivamente e individualmente para fazer um grande jogo, digno de seleção brasileira.

Futuro na Premier League

– É difícil, mas sempre foi meu sonho jogar aqui, sempre acompanhei a Premier League. Desde que estou no Newcastle tudo vem muito bem na minha vida profissional e pessoal. Estou muito bem jogando entre os melhores na melhor liga do mundo. Eu me planejo jogando aqui muito tempo, mas tenho outros objetivos também de mudar, mas essa é uma questão de futuro. Estou muito feliz aqui na liga.

Espaço na Seleção

– É estranho falar. Minha primeira convocação foi em 2020, a gente está em 2024 e só tenho 20 jogos. Esperava muito mais. Espero poder dar continuidade no meu trabalho, com certeza vocês vão ver o Bruno do Newcastle na Seleção. É questão de ter mais minutos, jogar. Apesar de serem 20 jogos, tenho seis ou sete assistências, gol pela Seleção.

Função do meio-campista

– No futebol moderno não existe mais aquele (camisa) 5 que só marca, só vai defender e bloquear a zaga. O camisa 5 hoje tem o papel de desbloquear a primeira linha, a segunda, acionar os pontas, jogar por dentro. Hoje não existe 5, 8 ou 10, é tudo meio-campista. Todo mundo marca e ataca.

Cariocas na Seleção

– Essa questão 021 é verdade, eu tenho uma ótima relação com o Paquetá, é um dos meus melhores amigos. O Douglas foi campeão olímpico comigo. Joãozinho estou pegando no pé dele bastante, brincando com ele, é legal, Rio de Janeiro está comandando o meio de campo. Está sendo legal demais, estamos felizes, nos sentindo verdadeiramente bem como grupo.

Comparação do futebol inglês com o brasileiro

– Em nível de estrutura, não tenho dúvida que são mais fortes, o campo, a organização, o jeito que joga, a visibilidade. Mas em nível de jogadores, acho que não. Eles buscam muitos jogadores nossos na base, já querem trazer desde cedo jogadores sul-americanos para cá. Em nível de estrutura eles estão um passinho à frente, mas em questão de talento eu não consigo ver isso. Óbvio que eles têm grandes jogadores, respeitamos, mas aqui também temos ótimos jogadores.

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