Flamengo

Bruno Henrique se emociona em homenagem do Flamengo: “Eu consegui, eu venci”

O jogador se tornou o terceiro maior artilheiro do Flamengo no século XXI

Foto: Adriano Fontes/Flamengo
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Na tarde desta quarta-feira (19), Bruno Henrique foi homenageado pelo Flamengo ao chegar na marca de 100 gols com a camisa rubro-negra. A marca foi atingida na semifinal contra o Vasco pelo Campeonato Carioca 2025. Durante a coletiva, o jogador se emocionou ao falar de momentos da sua carreira, especificamente, a volta aos gramados após a lesão no joelho em 2022 e destacou sua motivação.

– Foram dois momentos difíceis na minha carreira. No Santos quando eu machuquei o olho e em 2022, quando eu tive a lesão no joelho. O mais difícil é ouvir de pessoas que eu não conseguiria voltar a jogador em alto nível. O Flamengo me deu total apoio e confiança que eu precisava naquele momento difícil. Como eu falei antes, o foco, a minha cabeça, a minha determinação, que fez eu mostrar, mais uma vez, que estavam errados. Eu trabalhei em silêncio e dei a volta por cima. Eu como 21 anos de idade estava virando jogador profissional, para muitos era difícil, desacreditado. E hoje, fazendo 100 gols com a camisa do Flamengo, é para poucos. E eu consegui, eu venci.

Na história recente do Flamengo, o jogador é grande destaque nos clássicos do Rio de Janeiro. Bruno alcançou neste ano 22 gols em clássicos, sendo o Vasco sua maior vítima com 11 gols. O Cruz-maltino na semifinal sofreu dois gols do atacante, que o fez alcançar a marca de 100 gols pelo Flamengo. O ídolo flamenguista comentou sobre o desempenho nesses confrontos e se existe uma motivação a mais contra os rivais.

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– Clássico a gente sabe como é, e vencer é muito importante. Tem aquela “zoação” nossa e pelo lado do torcedor. Então, nos clássicos eu entro de uma forma diferente para vencer. Eu não escolho o time que eu quero marcar, o Vasco é minha maior vítima, mas não tem nada pessoal contra eles. É mais a vontade de fazer gols em clássicos e acaba sendo contra eles.

Chegando a marca de 100 gols, o atacante comentou sobre a possibilidade de chegar em uma marca maior pelo Flamengo.

– Não sei se cabem mais 100, Mas vou fazer o meu máximo, como sempre venho fazendo no dia a dia, com trabalho e dedicação. Quero poder, cada vez mais, colocar meu nome na história do clube. Vou dar o meu melhor para crescer nessa prateleira de títulos e conquista individual.

Além disso, Bruno Henrique respondeu sobre ter Filipe Luís como seu treinador, onde dividiram os gramados pelo Flamengo nos anos de 2019 à 2023.

Além de um amigo, é um treinador que é focado em tudo que ele passa para a gente. É um cara dedicado. Em pouco tempo de clube e carreira, mas parece que já tem anos trabalhando como treinador. A gente se sente muito feliz tendo o Filipe com a gente. Um treinador que a gente conhece e dá total confiança para a gente trabalhar e fazer o melhor dentro de campo. Então, a gente se sente a vontade com ele.

OUTROS TRECHOS DA COLETIVA

Qual o gol e jogo mais marcante pelo Flamengo?*

– O gol mais marcante foi na semifinal da libertadores em 2019 (contra o Grêmio). Eu tive vários jogos inesquecíveis pelo Flamengo, mas coloco também esse contra o Grêmio (5×0) na semifinal de 2019.

Sobre a frase “oto patamar”

– Nem sei o que dizer. Foi no calor do jogo quando eu falei essa frase. E hoje vendo que todo mundo usa uma frase tão normal, eu fico muito feliz com essa frase que eu ‘criei’.

O que mudou no Bruno Henrique nesses 6 anos de Flamengo

– Eu cheguei um pouco desconfiado, mas eu sabia quem eu era o que eu poderia entregar para esse clube. Então, desde aquela época não mudou nada. Sou cara que trabalha bastante. Dedicado, focado em dar o meu melhor e ajudar o Flamengo sempre, esse é o meu objetivo desde que eu cheguei no Rio de Janeiro e vai ser assim até quando eu estiver no clube. Sempre que eu entro dentro de campo é dar o meu melhor pelo Flamengo, pela minha família, meus amigos e por todas as pessoas que torcem por mim.

Parceiro na gávea

– Um cara que me ajudou bastante desde a minha chegada no Flamengo é o Rodinei. Conheço ele desde quando comecei a jogar no profissional, joguei contra ele no Crac em 2012. De lá para cá, foi um cara que sempre tive contato, viramos amigos, irmãos, sou padrinho de uma das filhas dele, amo a família dele. A gente sempre se comunica, fala de tudo, ele fala super bem do Flamengo, cara que está jogando muita bola na Europa. E era o meu melhor amigo aqui. Quem dera (ele voltar ao Flamengo), foi um cara que me ajudou bastante no Flamengo.

Mundial de Clubes

– Objetivo maior do clube, um deles, é o Mundial. Competição difícil, com grandes clubes europeus, mas a gente chega forte pela equipe que temos, pelo começo de ano que viemos fazendo. Claro que com os pés no chão, não deixar o “oba-oba” de fora para dentro contaminar o nosso dia a dia. Porque muita se fala que o Flamengo é um time imbatível. Mas tem outras equipes no começo do ano mostrando muita qualidade, o próprio Internacional, nosso adversário no primeiro jogo. Equipe que não perdeu ainda, muita qualificada. Tem outras equipes também qualificadas que podem trazer dificuldade para a gente no campeonato. Vejo que temos que continuar trabalhando jogo a jogo, competição a competição. Claro que o Flamengo é grande, mas isso é para fora. Aqui dentro todo mundo trabalhando junto, focado, para poder conquistar os objetivos.

Novo posicionamento

– Filipe, quando assumiu a equipe profissional, veio conversar comigo, colocando na minha cabeça que eu poderia ser um jogador mais à frente do que na beirada do campo e me explicou o motivo. No meu melhor ano, em 2019, foi jogando ali de atacante, como 9. Ele vê isso em mim ainda, que eu posso ser aquele Bruno Henrique, mais perto do gol, finalizações, cabeceio, ataca a profundidade. E estando mais perto do gol, eu tenho toda essa estrutura para poder ajudar a equipe, a forma que ele quer que a nossa equipe jogue. Isso que ele vem conversando comigo e coloca cada vez mais que eu posso ser decisivo aqui no Flamengo.

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