Cruzeiro
Caio Rosa analisa fase do Cruzeiro, fala sobre relação com ‘medalhões’ e mostra gratidão ao clube: ‘Acreditou no meu potencial’
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Na primeira parte da entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, Caio Rosa admitiu que gostaria de ter recebido mais chances no time principal do Cruzeiro. Isso, porém, nada muda a gratidão do jovem pelo clube o qual defendeu com afinco nos últimos três anos, ressaltou o atacante revelado pela Raposa.
— Sou grato ao Cruzeiro pela oportunidade. Foi o clube que me abriu as portas, acreditou no meu potencial. Dificilmente, teria esta chance, apesar da pouca idade, aqui nos Emirados, se não tivesse feito a base no Cruzeiro. Ali, cresci muito como profissional – destacou.
O Cruzeiro está 16ª colocação da Série B do Campeonato Brasileiro. Hoje, o clube de tantos títulos e história, estaria rebaixado à terceira divisão nacional. Diante da má fase dentro e fora de campo, onde acumula dívidas que resultaram na perda de seis pontos na segunda divisão, a Raposa chegou ao quarto técnico no ano ao contratar Felipão. Sem saber precisar, a falta de norte dentro das quatro linhas, para Caio, não recebe grande influência externa:
— Não consigo te falar ao certo o que acontece, porque fiquei pouco tempo no time de cima, fiquei mais na base. Acho que não tem nada de extracampo. Acho que a fase está mau mesmo, o time não estava conseguindo acertar nada. Não sei o que estava acontecendo, realmente.
Após a derrota do Cruzeiro para o Sampaio Corrêa, no Mineirão – o estopim para a demissão de Ney Franco -, Fábio fez um longo desabafo. Na saída de campo, o goleiro insistiu que a equipe colhe frutos de más administrações passadas e citou o uso de “muitos meninos que nunca tiveram jogos profissionais”. A declaração poderia ter caído mal no vestiário? Para Caio, nada disso.
— O grupo está com o Fábio sim, ele foi muito feliz em falar aquilo, falou muito bem. Como ele disse, a gestão passada está afetando muito o agora. Dentro do vestiário ele (o Fábio), abraça muito os jovens, ele, o Léo, o Henrique, os caras mais maduros, dão muita moral para a base – afirmou o atacante.
AL BRAZIL?
A admiração do Al Sharjah pelo futebol brasileiro é escancarada. Ao chegar no clube emiradense, Caio Rosa se deparou com sete compatriotas. Três deles contratados quase que diretamente das categorias de base de seus antigos clubes, em situação parecida com a do ex-Cruzeiro. São eles Gustavo Alemão (ex-Flamengo), Marcus Meloni (ex-Palmeiras) e Luanzinho (ex-Avaí), todos de 20 anos.
A equipe dos Emirados Árabes ainda conta com os experientes centroavantes Weliton (ex-Grêmio e São Paulo) e Jonatas (ex-Corinthians e também revelado pelo Cruzeiro), o atacante Caio Lucas, que fez sucesso no Mundial de Clubes de 2018, pelo Al Ain, e pertence ao Benfica-POR, e o meia Igor Coronado, formando em categorias de base da Inglaterra e da Suíça, sem nunca ter atuado em solo brasileiro.
— Gostam muito da nossa alegria, gostam muito do nosso futebol. Quando eu cheguei o presidente brincou: “Vivem sorrindo”. O futebol e a alegria que nós trazemos para o vestiário, acho que eles gostam disso — aposta Caio Rosa.
É de conhecimento que o jovem atleta rejeitou a primeira investida do Al Sharjah, no início de outubro. Vestindo uma nova camisa, o jogador listou alguns fatores decisivos para a mudança de ideia e o aceita da segunda proposta.
— É um projetou muito bom, não só de carreira, mas também financeiramente. A estrutura do clube também, depois procurei saber melhor com amigos meus que já estavam aqui. Entendi que não ia sentir muito, que conseguiria me desenvolver bem aqui.
Caio foi apresentado em seu novo clube no último dia 17. Há 10 dias a milhares de quilômetros de Belo Horizonte e dos costumes brasileiros, o atleta deu suas primeiras impressões:
— Me chamou atenção o fato de eles comerem com as mãos (risos). E também a cidade, é muito bacana, muito bonita também. Tenho certeza que eu vou gostar muito.
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