Na tarde deste sábado (16), a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou um ofício à Procuradoria dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) pedindo abertura de investigação sobre os ataques a Nicolas “srN”.
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“Estou oficiando o Ministério Público Federal por conta do ataque coordenado de extremistas contra uma pessoa não binária, e-sportista, de 16 anos. Nicolas “srN” venceu duas premiações da categoria inclusiva de Valorant, na qual participam mulheres e pessoas não-binárias”, escreveu a deputada, em uma publicação no X (antigo Twitter).
Nicolas “srN”, atleta não binária de 16 anos de Valorant, venceu duas categorias no Prêmio eSports Brasil 2023 e passou a ser alvo de transfobia na internet. A jogadora se destacou na conquista, pela Legacy, de duas, das três classificatórias para a Etapa 2 do Game Changers brasileiro deste ano.
Em meio às críticas à escolha da vencedora, comentários preconceituosos vieram não só da comunidade de esports, porque o assunto furou a bolha dos games competitivos. Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, publicaram vídeo da premiação e ironizaram a vitória de srN.
A categoria do Prêmio eSports Brasil se chama “melhor atleta feminina de Valorant” e de acordo com a nomenclatura dada pela Riot Games, a categoria em questão abrange o cenário inclusivo, que é aberto a mulheres cis, mulheres trans e pessoas não binárias.