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Caso Roque: Cruzeiro alega que Athletico não efetuou pagamento e fala em falta de ética de André Cury

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Em nota oficial divulgada na noite desta terça-feira (12), o Cruzeiro se pronunciou sobre a saída do jovem Vítor Roque, de 17 anos, que se transferiu rumo ao Athletico-PR. Ainda houve acusações sobre as atitudes do empresário André Cury e do diretor de futebol, Alexandre Mattos.

Indignada com o desfecho da situação, a Raposa reclamou da ‘falta de ética’ do empresário André Cury, um dos agentes do atleta. De acordo com a nota, o clube tentou exercer o direito de renovação previsto na Lei Pelé, mas Roque se recusou a assinar um novo contrato, expressando sua vontade de deixar o Cruzeiro.

A Raposa alega que o Athletico não realizou o pagamento integral da multa rescisória de Roque (cerca de R$ 24 milhões), que é baseada no salário que o jogador recebia mensalmente pela equipe celeste.

Além disso, o time mineiro ainda reclamou da postura do diretor de futebol Alexandre Mattos, ex-dirigente da Raposa e atualmente na equipe paranaense. O clube alega que Mattos utilizou de informações contratuais ‘que carregou do Cruzeiro’.

Por fim, a equipe celeste lamentou a ‘violação’ do contrato por parte do jovem e afirmou que tomará todas as medidas cabíveis para buscar seus direitos.

TRAJETÓRIA NO CRUZEIRO

Roque chegou ao Cruzeiro em 2019, aos 14 anos, vindo do América-MG. Na ocasião, coincidentemente, a transferência também causou bastante polêmica, visto que o Coelho, então detentor dos direitos do jogador, alegou que o atleta foi aliciado pela Raposa.

Desde então, Roque foi destaque máximo da categoria de base celeste e, em 2020, foi promovido ao profissional por Vanderlei Luxemburgo.

Com a chegada de Pezzolano, o jovem ganhou mais espaço, assumiu uma vaga entre os titulares e se tornou peça importante na boa campanha da equipe no Campeonato Estadual. Pelo time principal da Raposa, Roque acumulou 11 jogos e 6 gols marcados.

Confira a nota na íntegra:

O Cruzeiro Esporte Clube, em sua nova gestão, tem como princípio a transparência em todos os temas relevantes à sua torcida, imprensa e ao universo do futebol. Por isso vimos a público dar luz aos fatos que envolvem o atleta Vitor Roque.

Ao longo de todo o mês de março, a diretoria de futebol estabeleceu diversas conversas e negociações com os agentes André Cury e Francisco Rocha, caminhando para a formalização do novo vínculo com o ajuste salarial pretendido por eles para a renovação do Contrato de Trabalho do atacante. Entretanto, em vias de finalizar o negócio, as respostas obtidas começaram a se tornar esparsas e evasivas.

O Cruzeiro, verificando a obscena e já conhecida falta de ética de André Cury, mas determinado em contar com o atleta, e no exercício do seu direito de renovação do primeiro contrato de trabalho previsto pela Lei Pelé, foi diligente e formalizou sua proposta com protocolo do documento na Federação Mineira de Futebol.

Porém, na noite de domingo (10/4), o atleta se negou a renovar o Contrato Especial de Trabalho Desportivo com o clube, informando expressamente sua intenção de rescindir unilateralmente, supostamente por meio da realização do pagamento da cláusula indenizatória contratual prevista no art. 28, § 1º, I da Lei Pelé. Nesta terça-feira (12/4), através de liminar na Justiça do Trabalho foi registrada a rescisão no sistema da CBF.

Em se confirmando tal pagamento – ainda não disponibilizado ao clube – tratará de um equívoco técnico do atleta, de seu staff e do clube por trás da contratação. O Club Athletico Paranaense terá depositado em juízo quantia menor do que o previsto no § 11 do Art. 29 da Lei Pelé, que toma por base os salários ofertados pelo Cruzeiro Esporte Clube ao atleta.

Não nos assusta o fato de tal processo ter sido articulado por André Cury e Alexandre Mattos, ex-diretor de futebol do Cruzeiro – que hoje exerce cargo similar no Athletico Paranaense. É notório que ele faz uso das informações contratuais que carregou do Cruzeiro em benefício de seu novo empregador.

Atitudes repugnantes como a deste grupo vão absolutamente na contramão do profissionalismo que torcida e amantes do futebol esperam, ainda mais em um momento de fortalecimento da indústria do futebol com a ideia de criação de uma Liga Brasileira. Essa é a hora que os clubes precisam de diálogo e de entendimento e não de relações estremecidas. 

Lamentamos que o atleta, extremamente mal assessorado, tenha embarcado para o Paraná optando por violar seu contrato de trabalho ainda vigente e abandonado sem autorização seu ofício. Aproveitamos para tornar público o nosso repúdio pelas práticas amadoras adotadas por André Cury. 

De qualquer forma, o Cruzeiro Esporte Clube, com tranquilidade e conhecedor de seus direitos, não hesitará em adotar todas as medidas necessárias para preservá-los.

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