Quase quatro meses depois da paralisação, a volta aos treinos e o calendário de competições das categorias de base do Atlético-MG seguem indefinidos. Porém, as crias do Galo trabalham para estarem prontos quando tudo se normalizar.
A grande aliada da comissão técnica tem sido a tecnologia. Através de vídeos e lives, os técnicos e o preparador físicos fazem acompanhamentos diários e trabalhos físico e tático. O técnico Lucas Batista, do sub-17, explica como tem sido a rotina das jogadores.
“No começo da manhã os meninos frequentemente tem reuniões online para trabalhar a parte física junto com o preparador. Mais no meio da manhã a gente começa a intervir na parte técnica e tática. Sempre tem um vídeo pra eles assistirem um dia, dois dias antes para a gente debater. Esse debate é feito através de perguntas que eles respondem no grupo no Whatsapp que a gente tem ou então eles se reúnem por posição, elaboram um relatório, um trabalho e me mandam.”
Já a parte física fica por conta do preparador Leonardo Almeida, que ressalta que a dedicação dos atletas tem ajudado para um feedback positivo do processo.
“Em um primeiro momento eles filmavam parte do treino e mandavam para nós. No mês passado a gente começou com as lives e está sendo muito legal, os atletas estão se empenhando, a gente percebe que eles estão se dedicando e é um momento que a gente pode vê-los trabalhando.”
Além dos treinos, a questão social também é uma preocupação do clube. O técnico do sub-20, Marcos Valadares, explica que a comissão técnica acompanha não só os atletas, mas tudo o que eles passam no dia a dia.
“Eu acho que é fundamental durante esse período a gente se inteirar cada vez mais em relação aos nosso atletas e seus familiares para conhecer um pouco mais, saber da realidade, das dificuldades, conhecer a questão financeira, saber o que mudou, se está tendo alguma dificuldade mais profunda, onde a gente pode ajudar dentro daquilo eu for possível.”