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CBV e dirigentes são alvos de operação contra lavagem de dinheiro
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A Confederação Brasileira de Voleibol é alvo da Operação Desmico, contra suspeitas de organização criminosa voltada para a prática de fraudes tributárias, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no Município de Saquarema. A operação iniciada nesta quinta-feira (20) pela Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD) e pelo GAECO/Ministério Público do Rio de Janeiro, tem como alvos o ex-presidente da CBV e atual presidente da FIVB, Ary Graça Filho, além da sede da Confederação, em Saquarema e o ex-prefeito de Saquarema, Antônio Peres Alves, entre outros dirigentes. A ação conta com mais de 60 agentes que buscam cumprir 20 mandados de busca e apreensão nos bairros do Leblon, Barra da Tijuca, Copacabana, Ilha do Governador e Vargem Grande, na capital fluminense, e no município de Saquarema.
A Operação Desmico tem por objetivo apreender aparelhos de telefone celular, computadores, joias, valores em espécie e outros documentos relacionados ao crimes de organização criminosa voltada para a prática de fraudes tributárias, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no Município de Saquarema. Os valores obtidos pela organização criminosa já somam mais de 52 milhões de reais, que foram objeto de ordem judicial de sequestro.
O ESQUEMA
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, Thales Nogueira, a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego verificou que mais de mil empresas fantasmas funcionavam em dois dos escritórios do Município de Saquarema. Essas empresas tinham benefícios fiscais concedidos pelo prefeito Antonio Peres Alves entre 2000 e 2008. Os valores obtidos com as centenas de contratos de sublocação eram repartidos entre os integrantes da organização criminosa.
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Após a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego verificou-se que em dois pequenos escritórios no Município de Saquarema funcionavam de forma fictícia mais de mil empresas que se beneficiavam de benefícios fiscais concedidos pelo então prefeito Antonio Peres Alves durante a sua gestão. Ainda de acordo com o MPRJ, a organização criminosa obtinha vantagens econômicas através do pagamento pelos contratos falsos de sublocação, enquanto o ex-prefeito de Saquarema angariava vantagens políticas ao aumentar de forma irregular a arrecadação municipal.
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DESVIO DE PATROCÍNIO
Ainda de acordo com a denúncia, o ex-presidente da CBV, Ary Graça Filho, manejava os recursos de patrocínio do Banco do Brasil à entidade por ele administrada em favor de si próprio e do grupo criminoso, celebrando contratos com empresas recém-criadas, sem estrutura de pessoal e estabelecidas em sedes fictícias. Nesse sentido, a CBV celebrou contratos que não foram devidamente executados com empresas estabelecidas em Saquarema por meio do esquema ilegal de fraudes tributárias, de propriedade dos denunciados Fábio André Dias Azevedo e Marcos Antonio Pina Barbosa, então superintendentes da CBV e subordinados a Ary.