Fernando Carro, é CEO do Bayer Leverkusen desde a temporada 2018/19, após a saída de Michael Schade, que se aposentou do cargo. Apesar do início ruim de temporada (eliminação na DFB-Pokal, 17ª posição na Bundesliga e derrota na estreia da UEFA Champions League) defende o trabalho de Gerardo Seoane a frente dos Werkselfs, durante entrevista para o jornal espanhol Marca, descreveu Simeone como um ‘lutador nato’.
Nesta terça-feira (13), Bayer Leverkusen e Atlético de Madrid se enfrentam pela segunda rodada da UEFA Champions League. Os Colchoneros lideram o grupo B, enquanto os alemães perderam na estreia (1 a 0, Club Brugge) e se encontram na lanterna da chave.
Carro é um personagem diferente de outros gestores administrativos no futebol da Alemanha, não vem do esporte, antes de se tornar o ‘chefão’ do Leverkusen foi presidente da empresa Berstelmann, na Espanha, seu país natal e também foi CEO da empresa de logística Arvato. Sobre as diferenças sobre o mundo corporativo e do futebol, Carro explica.
— Há diferenças especialmente em termos midiáticos e de visão. A curto prazo os resultados futebolísticos não são a mesma coisa. E sem dúvidas, no final, o mais importante são os 11 jogadores que estão em campo junto da comissão técnica.
Nas últimas temporadas, o Leverkusen tem frequentado as competições europeias constantemente, o que coloca o clube do Reno entre as posições 25 e 30 do coeficiente de clubes da Europa, e o CEO Werkselfs quer galgar lugares ainda mais altos para o clube da cidade de um pouco mais de 160.000 habitantes.
— Estamos sempre entre o 25º e o 30º lugares de equipes da UEFA e atingimos as oitavas de final da Champions League algumas vezes. Os acionistas do clube nos exigem pelo menos chegar à Champions todos os anos, mas chegar aos top-16 (oitavas de final) é uma meta da nossa gestão, porque conseguimos estar entre os quatro melhores da Alemanha então também somos capazes de estar entre os 16 da Europa.
O Leverkusen se destacou por ser um grande revendedor de talentos nos últimos anos, Kai Havertz para o Chelsea, Julian Brandt para o Dortmund, Leon Bailey para o Aston Villa e Carro esclarece o plano do clube para os próximos anos.
— Acima de tudo, você precisa ter uma boa gestão, um bom diretor de futebol, bons jogadores e comissão técnica. Com as renovações de Florian Wirtz e Patrik Schick vamos tentar ter um pouco mais de continuidade. Nos últimos anos tivemos que vender grandes jogadores, já neste ano não fizemos nenhuma grande venda com a intenção de manter a base da equipe por mais tempo, esse é o plano.
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Diferentemente de Leipzig e Bochum, o CEO do Bayer Leverkusen entende que o seguimento de um trabalho mesmo em períodos ruins é a melhor solução para o clube.
— Eu acho que se deixar levar pelo curto prazo não é bom, se a pessoa é convencida pelo treinador e os resultados não acontecem, devemos ter em mente que muitos fatores podem influenciar. Seaone nos convenceu, falamos com ele várias vezes, sua forma de pensar, agir, liderança e personalidade nos convenceu. E no primeiro ano ele se provou como uma boa escolha, fomos o terceiro colocados da Bundesliga mesmo com muitas lesões. Até hoje, Florian Wirtz continua lesionado. No fundo, é um treinador que tem muitas qualidades e pode ir bem em outras equipes.
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O espanhol nascido em Barcelona, descreve a Bundesliga como um jogo de muita luta e próximo do estilo do rival desta terça-feira treinado por Diego Simeone.
— É verdade que as equipes alemãs são muito lutadoras até o último minuto, a Bundesliga é dura. Temos muita qualidade, mas às vezes não temos a capacidade de luta do Atlético de Madrid — explica Carro.
E acrescenta:
— Cholo é um lutador nato e tem muitas características alemãs.