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Cerimônia Olímpica homenageia vítimas do atentado de Munique

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A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos quebrou os protocolos do COI e prestou uma digna homenagem às vítimas do atentado terrorista de Munique, ocorrido nas Olimpíadas da Alemanha, em 1972.

A tragédia, que ficou conhecida como Massacre de Munique, vitimou onze atletas da delegação israelense, sendo até hoje o maior atentado envolvendo um evento esportivo. Os esportistas foram tomados como reféns, após uma invasão na calada da noite, promovida pelo grupo terrorista palestino, que exigiu, inciialmente, a liberação de mais de 200 prisioneiros palestinos em Israel para que os reféns fossem soltos.

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Ao amanhecer, após horas de negociação e uma vítima fatal, os sequestradores mudaram suas exigências, pedindo aviões e helicópteros e foram atendidos, no que se tratava de uma tentativa de emboscada da própria polícia. No entanto, o plano deu errado, resultando em cinco terroristas, 11 reféns e um policial mortos.

O Comitê Organizador da Olimpíada de Munique decidiu suspender os Jogos e uma cerimônia foi feita no Estádio Olímpico de Munique, para cerca de 80 mil espectadores e 3 mil atletas. O atentado forçou o governo alemão a criar uma unidade anti-terrorista e outras nações europeias tomaram a mesma medida. Os descendentes das vítimas do atentado foram indenizados pelo governo alemão algumas décadas depois.

É somente a segunda vez que os atletas vitimados em Munique são homenageados em uma edição de Jogos Olímpicos, a outra havia sido nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Em 2012, nos jogos de Londres, o Comitê Olímpico Internacional vetou homenagem semelhante às vítimas do massacre, alegando que a Olimpíada não é local para uma lembrança triste.

A homenagem aconteceu em conjunto com o minuto de silêncio em memória das vítimas da Covid-19 e foi na contramão dos pedidos do COI em outras Olimpíadas.

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