Fluminense

Chefe de arbitragem, Wilson Semene admite erro em não marcação de penâlti em Nino

Lance ocorreu nos últimos minutos de Grêmio x Fluminense e decisão gerou revolta por parte dos tricolores cariocas após fim do jogo

Foto: Reprodução

Lance ocorreu nos últimos minutos de Grêmio x Fluminense e decisão gerou revolta por parte dos tricolores cariocas após fim do jogo

No último domingo (13), mais um erro de arbitragem foi relatado no Brasileirão. O Fluminense perdia por 2×1 para o Grêmio, quando no último minuto, o zagueiro Rodrigo Ely pisou na perna de Nino dentro da área. Após longa checagem, a decisão do árbitro de vídeo Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (Fifa/SP) foi por não marcar o pênalti e sequer chamar o juiz Rodrigo Pereira José de Lima até a tela do VAR.

No início da noite desta terça-feira, a CBF divulgou os áudios do VAR e a opinião dos dirigentes da comissão de arbitragem para que o erro fosse admitido. Wilson Semene e os árbitros Emerson Carvalho e Péricles Bassols chegaram a um consenso de que a infração ocorreu e de que o pênalti deveria ter sido assinalado; confira o que disse Semene:

– Quem assume a frente da jogada? O jogador do Fluminense toma a frente do jogador, dentro de uma disputa leal, consegue ganhar a dianteira. A partir disso o cuidado passa a ter que ser do defensor. É hora do defensor diminuir a carga, senão ele vai assumir riscos de ser imprudente. Essa perna que o árbitro de vídeo analisa como natural, acidente, mas ele assume o risco porque perdeu a disputa com o corpo – disse o chefe de arbitragem, fazendo uma comparação com o trânsito:

Wilson Semene explica erro em não marcação do pênalti – Foto: Reprodução

– É mais ou menos, fazendo uma referência, um carro que está na frente e eu dirigindo começo a andar com meu carro atrás colado no da frente, isso é imprudência. Se ele frear forte ali, eu não tenho espaço. Por isso, na nossa visão, era sim situação de infração. Por mais que esse toque não tem intenção, isso é importante. Intenção ele não tem mesmo, ninguém está falando em intenção, mas tem imprudência.

Já em relação aos áudios liberados pela CBF entre o árbitro de vídeo Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral e o juiz da partida Rodrigo Jose Pereira de Lima, esse foi o diálogo:

– Ele está saindo a bola, depois tem o toque do jogador defensor sim, mas ele já faz esse toque. Não impacta para falta, ele está dando a passada, faz o toque para trás. Tudo checado, não tem nada. – afirmou o VAR.

O experiente árbitro Péricles Bassols também criticou o fato de o VAR sequer ter chamado o árbitro para chegam na tela à beira do campo:

– Para esse lance a gente espera que o trabalho de cabine seja baseado no que o árbitro viu e narrou. O árbitro está focado nessa primeira disputa, inclusive os dois corpos tampam a possibilidade dele de ver isso. O VAR entra numa análise apenas disso, sem perguntar ao árbitro de campo se ele viu esse contato. Porque na ação de trás, apesar de poder haver uma interpretação de que jogou a bola e foi tocado depois, que é o que o árbitro de vídeo acaba narrando. Diante da informação do campo, depois de perguntar, o campo diz: “Estou falando referente à disputa da frente”. Opa! Então você tem que vir aqui ver porque atrás eu tenho um contato com grande potencial de ser faltoso.

O lance gerou revolta em todos no Fluminense. O presidente Mário Bittencourt utilizou as redes sociais para externar sua insatisfação, e o zagueiro Felipe Melo postou vídeos em tom de irritação com a não marcação do pênalti, afirmando que o juiz da partida “tinha que ser preso”, o que resultou em denúncia da Abrafut (Associação de Árbitros de Futebol do Brasil) ao STJD.

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